quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Antonino Ferreira de Araújo Silva

HERÓI ESQUECIDO EM PARNAÍBA - O CAPITÃO ANTONINO FERREIRA DE ARAÚJO E SILVA - Por Vicente De Paula Araújo Silva - Em 1822, Antonino Ferreira de Araújo e Silva era capitão do Regimento de Milícias Portuguesa, que foi comandada, em Parnaíba, pelo meio irmão coronel Simplício Dias da Silva (foto). No movimento da Independência do Piauí, o capitão Antonino Ferreira de Araújo e Silva foi preso a bordo do Brigue de Guerra Infante Dom Miguel, estacionada em Amarração (hoje Luiz Correia), por ter remetido armas para as tropas em arregimentação no Ceará por Simplício Dias da Silva e o alferes Leonardo de Carvalho Castello Branco.
Assim como Simplício Dias da Silva, em 1823, o capitão Antonino Ferreira de Araújo e Silva era um dos 19 donos da Ilha Grande de Santa Isabel e outras propriedades. Boiadeiro, deixou muitos descendentes nos vales dos rios da bacia do Baixo Parnaíba e Serra da Ibiapaba.
Era integrante do clã dos Dias da Silva, conforme atestam as procurações datadas de 9 de março de 1823, outorgadas ao cidadão Onofre José de Melo para resolver negócios, em Campo Maior, a mando de Simplício Dias da Silva e Justina Jozefa Dórea da Silva (viúva de Raimundo Dias da Silva), nas quais foram testemunhas o referenciado capitão Antonino Ferreira de Araújo e Silva e o capitão Domingos de Freitas Caldas.
Era filho de Domingos Dias da Silva, bem como meio-irmão de Simplício Dias da Silva e Raimundo Dias da Silva. Exercia as funções de juiz de Paz na Villa de São João da Parnahiba, em 1832, quando se julgou suspeito para efetuar a partilha dos bens dos finados Simplício Dias e Raimundo Dias, por ser cunhado e tio das partes envolvidas, conforme consta no inventário de avaliação efetuado em 1832, assinado pelos herdeiros Maria Izabel Thomázia de Seixas e Silva e seus filhos coronel Antônio Raimundo de Seixas e Silva, tenente Simplício Dias de Seixas e Silva, dona Helena Amália de Seixas Dias da Silva, capitão José Francisco de Miranda, como Administrador de sua mulher Dona Carolina Thomazia Dias da Silva Seixas; e dona Justina Josefa Dória da Silva e seus filhos, capitão Simplício Raimundo Dias da Silva, tenente Raimundo Dias da Silva, dona Lucrécia Brígida Dias da Silva e Eulália Lucinda Dória da Silva.
Após a morte de Simplício Dias da Silva, por ocasião da adesão dos oficiais da força armada de Parnaíba, José Benedito Ferreira de Véras, Domingos Ferreira de Véras e Luís Barroso de Véras, em Frecheiras (Cocal) a causa dos ‘BALAIOS”, foi destacado por Miranda Osório para conter o movimento naquela localidade, onde, a 13 de julho de 1839, foi assassinado. Face a isto, a 10 de outubro de 1839, os balaios foram derrotados em Frecheiras, por tropas legalistas sob o comando de Miranda Osório, e, finalmente, a 15 de outubro de 1839 deu-se a batalha final da luta balaia no norte do estado do Piauí, quando no lugar Contendas, atualmente município de Cocal (PI), os revoltosos foram derrotados.
O fundador de Piripiri – Padre Freitas - em testamento concluído a 10 de outubro de 1862 e aberto em Piracuruca a 28 de dezembro de 1868, mencionou o seu nome no pagamento feito em favor do casal tenente-coronel Raimundo Dias da Silva e sua esposa Justina Jozefa Dórea da Silva, quando o seu meio-irmão ainda vivia. 
Simplício Dias em carta a dom Pedro I, em 1823, disse que ele era seu irmão e que foi preso no vaso de guerra Infante Dom Miguel porque enviou armas para o mesmo no Ceará, onde ele organizava tropa para retomar a Villa de São João da Parnahiba, em poder do Major Fidié.
Entre os seus descendentes, Domingos Ferreira de Araújo, teve filhos com Felicidade Senhorinha de Jesus, entre eles, Mariano Ferreira de Araújo, nascido no Buriti dos Lopes, em 1895, este, casado com Gonçala Ferreira Véras, oriunda da localidade Leitão, próxima ao povoado Bitupitá (orla marítima), hoje município de Barroquinha (CE). 
Mariano Ferreira de Araújo e Gonçala Ferreira Véras, tiveram como filhos, Maria das Dores Araújo Silva, José de Jesus Araújo, Mário da Cruz Araújo, Francisco de Assis Araújo e Luiz Gonzaga de Araújo. Todos os homens ingressaram nas forças armadas, exército, aeronáutica e marinha, estando ainda vivos em 17 de julho de 2012, os oficiais da reserva remunerada do exército José de Jesus Araújo (95 anos de idade), e marinha Luiz Gonzaga de Araújo (84 anos de idade). 
Foto: Coronel Simplício Dias da Silva, meio irmão do capitão Antonino Ferreira de Araújo e Silva.
Da série: Estórias a Respeito da História da Parnaíba Phb. 17/7/2012. Vic.

Um comentário:

Lay disse...

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laylanacarvalho@gmail.com