Constantino Pereira de Sousa (de branco ao centro, entre o deputado José Severiano da Costa Andrade e João Clímaco D'Almeida, Joqueira), filho de Pedro Laurentino de Sousa e Angela de Sousa Reis, nasceu a 31 de outubro de 1916, na localidade Zimbro, na época interior do município de São João do Piauí, hoje pertencente ao município de Pedro Laurentino.
Em 1920 veio em companhia de seus pais residir na sede do município, onde frequentou as primeiras escolas, ministradas por professores particulares.
Ingressou em 1930 no internato do seminário Sagrado Coração de Jesus, em Teresina, onde concluiu o curso ginasial. Em 1935 transferiu-se para o seminário de Fortaleza, matriculando-se no curso de filosofia. Nesse ano abandonou os estudos e regressou a São João do Piauí, onde criou a escola Félix Pacheco, que preparava alunos para o ginásio.
Casou-se em 1937 com Azeneth de Carvalho Reis e Sousa, da cidade de Simplício Mendes. Desse casamento teve 12 filhos, dos quais nove estão vivos.
Em 1938 desistiu da escola e ingressou no comércio, em sociedade com seu pai, na firma Pedro Laurentino & Filho.
Em 1940, sensibilizado com o apelo do governo brasileiro, ingressou com seu pai na batalha de produção de borracha da maniçoba, para fornecimento aos aliados em luta contra as forças nazifascistas do eixo totalitário.
Atendendo à solicitação dos dirigentes do Partido Social Democrático, PSD, participou da campanha em favor da candidatura do Marechal Dutra para Presidente da República, em 1945.
Em 1946 foi nomeado Prefeito de São João do Piauí pelo Interventor Major Vitorino Correia. No ano seguinte, candidatou-se e foi eleito Deputado à Assembleia Legislativa, onde tomou posse no mesmo ano. A partir desse ano passa a residir com a família em Teresina. Nesse mesmo ano integrou a Comissão Especial encarregada de elaborar o projeto de Constituição que foi promulgada em 22 de agosto de 1947.
Depois de promulgada a Constituição, a Assembleia Constituinte transformou-se em Legislativa, tendo sido nessa ocasião Presidente da primeira Comissão de Constituição e Justiça.
Candidatou-se mais três vezes consecutivas e outras tantas se elegeu. Durante sua participação na Assembleia foi líder do PSD e do Governo Gaioso e Almendra, 1 ° Secretário da mesa, bem como presidente de várias comissões permanentes, atuando sempre com muito destaque e altivez.
Depois do quarto mandato, candidatou-se a governador do Estado, em 1962, contra Petrônio Portela, não logrando êxito.
Em 1966 voltou à Assembleia como deputado e participou dos trabalhos de elaboração e votação da Constituição promulgada em 12 de maio de 1967.
Em toda a longa vida partidária, pertenceu apenas a dois partidos: o PSD, de 1945 a 1967, quando foi extinto por ato da ditadura militar, o MDB —transformado mais tarde em PMDB — para o qual foi eleito presidente Regional em 1968.
Além de político e comerciante, exerceu a profissão de advogado, na cidade de São João do Piauí, para onde retornou com a mulher em 1977, onde exerceu o cargo de Presidente do Diretório Municipal do PMDB, trabalhou diariamente em seu comércio na cidade e cuidou de suas fazendas Guarani e Pau Ferrado, a primeira localizada no município de Santa Rita, e a segunda no município de Pedro Laurentino.
Em 10 de dezembro de 2001, morre sua esposa, Azeneth, na cidade de Teresina. A partir de então, foi-se debilitando vindo a falecer em 3 de março de 2003, em sua querida São João do Piauí.
Texto da professora Maria Ismenia Reis Pereira.
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