Depois dos ensinamentos de mamãe, eu fui estudar com a professora Maria Dina Soares, expressiva figura de mestra das letras e das artes, com elevado pendor para a música. De uma cultura invulgar, era a principal preceptora das crianças da sociedade teresinense, por ser a única a manter curso particular na cidade. Ficava entre as Ruas Areolino de Abreu com a Sete de Setembro. Hoje o prédio pertence à Caixa Econômica Federal da Rua Areolino de Abreu.
A professora Maria Dina Soares nasceu em Campo Maior, em 26 de novembro de 1889. Ali estou o primário em escolas particulares.
Aos 14 anos de idade muda-se com a família para a Vila de Livramento (hoje José de Freitas).
Em 1911 matricula-se na Escola Normal Oficial de Teresina, formando-se professora normalista em 4 de janeiro de 1914.
Nomeada, em caráter efetivo, pelo governador Miguel Rosa para exercer o cargo de professora da Escola Isolada, destinada somente a meninos, retorna à Vila do Livramento em 27 de fevereiro de 1914.
Em 8 de março inicia suas atividades no magistério público do Piauí.
Em 1916, casa-se com Virgílio Ribeiro Soares, com quem teve os filhos Virmar, médico, cirurgião plástico no Rio de Janeiro, Themis, professora, casada com o dentista João de Freitas Rezende, de Piripiri, Lígia, Vinícius, Aurora, casada com o Dr. Eduardo Neiva, que foi do Banco do Brasil, Inar e Pedro. O Dr. João de Freitas Rezende era filho de Sesóstris Coelho de Rezende e Maria de Freitas Rezende. Perdeu os pais muito cedo e foi criado por sua tia Leonília de Freitas e Silva. Casou-se, em primeiras núpcias, com Maria das Graças Freitas, sua prima, nascendo-lhe o único filho, mais tarde o des. Antônio de Freitas Rezende. Viúvo, muda-se para Barras, onde exerce a profissão de dentista e casa-se com Almiralice Rezende. Viúvo, outra vez, vem morar em Teresina, onde se casa com Themis Soares, nascendo-lhe as filhas Maria do Amparo e Maria Nazaré. Trabalhou no Hospital, Getúlio Vargas, em Teresina. Teve consultório nas cidades em que viveu.
Em 18 de março de 1918, por ato de papai, que era governador do Estado, tornou-se professora vitalícia.
Em 14 de março de 1920, por ato de papai, ela é removida da Vila de Livramento, por merecimento, para reger, efetivamente, a Escola Complementar, de Teresina, onde passou a residir.
Em 7 de abril de 1930, foi nomeada por tio Joca Pires, governador do Estado, para o cargo de diretora do Grupo Escolar José Lopes.
Em 14 de outubro, foi designada, em comissão, para servir como Secretária Geral de Instrução, substituindo o secretário Júlio César Fontenele que, por sua vez, passou a lecionar a cadeira de Aritmética e Álgebra da Escola Normal Oficial.
Em 15 de junho de 1931, pede exoneração do cargo para reassumir a diretoria do Grupo Escolar José Lopes, com solenidade de posse em 10 de julho daquele ano.
Em 24 de março de 1949, após 35 anos de serviços prestados à causa da Educação, pede aposentadoria.
Mas tanto amor tinha à profissão e às crianças que continua por mais 14 anos ainda a preparar turmar para o Exame de Admissão, na Escola 24 de Julho, fundada por ela e onde, mesmo antes da aposentadoria, lecionava num segundo turno.
A professora Maria Dina Soares, além das disciplinas normais da época, dedicava-se com afinco ao ensino da música. Nós gostávamos de cantarolar o seguinte modilho:
Dona Maria Dina, Dona Maria di... na
Abacate, limão doce e tangeri... na!
Também os solfejos de piano que ela ensinava, mereciam de nós uma cantiga onomatopaica:
Eu fico velha e não aprendo...
Eu fico velha e não aprendo...
Eu fico velha e não aprendo...
A professora Maria Dina Soares cumpriu com o seu dever. E tão bem cumprido que, durante os 35 anos de serviço público, não gozou de licença. Teve, em todo esse tempo, apenas dois períodos de férias concedidos por lei. Ensinava com métodos modernos para aquela época. Jamais usou de castigos físicos, o que era comum naquele tempo. Pelo contrário, dava muito carinho, afeto, compreensão e bons exemplos, o que fez com que gerações de seus alunos lhe dediquem ainda hoje grande veneração e respeito.
Em 1953 fica viúva. Como os filhos moravam no Rio de Janeiro, muda-se para lá. Grande comitiva a acompanhou em seu embarque. Ali faleceu.
Em sua homenagem, temos importante Unidade Escolar na Rua 13 de maio, 3060 - Zona Sul de Teresina.
A professora Maria Dina Soares era irmã do tabelião José Basílio da Silva, pai de dona Aurora, casada com o Alcebíades Soares (ambos falecidos), proprietário da loja A Vencedora, que ficava na esquina das Ruas Barroso com Coelho Rodrigues, onde hoje é a Sapataria Paralelas. Em cima, funcionou, por um tempo, a Federação Piauiense de Futebol. Dona Aurora e Alcebíades Soares tiveram os filhos: Maria do Carmo Basílio (falecida), Renato Basílio (falecido), Edson Basílio Soares, Augusto Basílio Soares - engenheiro da Prefeitura de Teresina, Fernando Basílio Soares e Ana Helena Basílio Soares (falecida).
Alcebíades Soares era irmão de: Antônio Cordeiro Soares e Adalberto Soares, que residiam no Rio de Janeiro; Domingos Cordeiro Soares, pai do des. Nildomar Silveira; Alice Soares e a conhecida professora Ana Cordeiro Soares, antiga diretora do Grupo Escolar Gabriel Ferreira, no Bairro Vermelha, e possuía uma escola particular, onde educou gerações, e Alarico Soares, médico no Rio de Janeiro.
A professora Maria Dina Soares nasceu em Campo Maior, em 26 de novembro de 1889. Ali estou o primário em escolas particulares.
Aos 14 anos de idade muda-se com a família para a Vila de Livramento (hoje José de Freitas).
Em 1911 matricula-se na Escola Normal Oficial de Teresina, formando-se professora normalista em 4 de janeiro de 1914.
Nomeada, em caráter efetivo, pelo governador Miguel Rosa para exercer o cargo de professora da Escola Isolada, destinada somente a meninos, retorna à Vila do Livramento em 27 de fevereiro de 1914.
Em 8 de março inicia suas atividades no magistério público do Piauí.
Em 1916, casa-se com Virgílio Ribeiro Soares, com quem teve os filhos Virmar, médico, cirurgião plástico no Rio de Janeiro, Themis, professora, casada com o dentista João de Freitas Rezende, de Piripiri, Lígia, Vinícius, Aurora, casada com o Dr. Eduardo Neiva, que foi do Banco do Brasil, Inar e Pedro. O Dr. João de Freitas Rezende era filho de Sesóstris Coelho de Rezende e Maria de Freitas Rezende. Perdeu os pais muito cedo e foi criado por sua tia Leonília de Freitas e Silva. Casou-se, em primeiras núpcias, com Maria das Graças Freitas, sua prima, nascendo-lhe o único filho, mais tarde o des. Antônio de Freitas Rezende. Viúvo, muda-se para Barras, onde exerce a profissão de dentista e casa-se com Almiralice Rezende. Viúvo, outra vez, vem morar em Teresina, onde se casa com Themis Soares, nascendo-lhe as filhas Maria do Amparo e Maria Nazaré. Trabalhou no Hospital, Getúlio Vargas, em Teresina. Teve consultório nas cidades em que viveu.
Em 18 de março de 1918, por ato de papai, que era governador do Estado, tornou-se professora vitalícia.
Em 14 de março de 1920, por ato de papai, ela é removida da Vila de Livramento, por merecimento, para reger, efetivamente, a Escola Complementar, de Teresina, onde passou a residir.
Em 7 de abril de 1930, foi nomeada por tio Joca Pires, governador do Estado, para o cargo de diretora do Grupo Escolar José Lopes.
Em 14 de outubro, foi designada, em comissão, para servir como Secretária Geral de Instrução, substituindo o secretário Júlio César Fontenele que, por sua vez, passou a lecionar a cadeira de Aritmética e Álgebra da Escola Normal Oficial.
Em 15 de junho de 1931, pede exoneração do cargo para reassumir a diretoria do Grupo Escolar José Lopes, com solenidade de posse em 10 de julho daquele ano.
Em 24 de março de 1949, após 35 anos de serviços prestados à causa da Educação, pede aposentadoria.
Mas tanto amor tinha à profissão e às crianças que continua por mais 14 anos ainda a preparar turmar para o Exame de Admissão, na Escola 24 de Julho, fundada por ela e onde, mesmo antes da aposentadoria, lecionava num segundo turno.
A professora Maria Dina Soares, além das disciplinas normais da época, dedicava-se com afinco ao ensino da música. Nós gostávamos de cantarolar o seguinte modilho:
Dona Maria Dina, Dona Maria di... na
Abacate, limão doce e tangeri... na!
Também os solfejos de piano que ela ensinava, mereciam de nós uma cantiga onomatopaica:
Eu fico velha e não aprendo...
Eu fico velha e não aprendo...
Eu fico velha e não aprendo...
A professora Maria Dina Soares cumpriu com o seu dever. E tão bem cumprido que, durante os 35 anos de serviço público, não gozou de licença. Teve, em todo esse tempo, apenas dois períodos de férias concedidos por lei. Ensinava com métodos modernos para aquela época. Jamais usou de castigos físicos, o que era comum naquele tempo. Pelo contrário, dava muito carinho, afeto, compreensão e bons exemplos, o que fez com que gerações de seus alunos lhe dediquem ainda hoje grande veneração e respeito.
Em 1953 fica viúva. Como os filhos moravam no Rio de Janeiro, muda-se para lá. Grande comitiva a acompanhou em seu embarque. Ali faleceu.
Em sua homenagem, temos importante Unidade Escolar na Rua 13 de maio, 3060 - Zona Sul de Teresina.
A professora Maria Dina Soares era irmã do tabelião José Basílio da Silva, pai de dona Aurora, casada com o Alcebíades Soares (ambos falecidos), proprietário da loja A Vencedora, que ficava na esquina das Ruas Barroso com Coelho Rodrigues, onde hoje é a Sapataria Paralelas. Em cima, funcionou, por um tempo, a Federação Piauiense de Futebol. Dona Aurora e Alcebíades Soares tiveram os filhos: Maria do Carmo Basílio (falecida), Renato Basílio (falecido), Edson Basílio Soares, Augusto Basílio Soares - engenheiro da Prefeitura de Teresina, Fernando Basílio Soares e Ana Helena Basílio Soares (falecida).
Alcebíades Soares era irmão de: Antônio Cordeiro Soares e Adalberto Soares, que residiam no Rio de Janeiro; Domingos Cordeiro Soares, pai do des. Nildomar Silveira; Alice Soares e a conhecida professora Ana Cordeiro Soares, antiga diretora do Grupo Escolar Gabriel Ferreira, no Bairro Vermelha, e possuía uma escola particular, onde educou gerações, e Alarico Soares, médico no Rio de Janeiro.
Também tivemos outras mestras de igual valor, como Maria de Lourdes Rebelo, Àurea Freire, esposa do professor Álvaro Freire, e avó do Dr. Pedro Augusto Freire, casado com dona Verônica, dedicada funcionária do Tribunal de Justiça do Piauí; Pequena Rubim e Nicota Burlamaqui (Ana Leonor Burlamaqui), que foi professora da Escola Modelo Artur Pedreira, no térreo da Escola Normal, hoje sede da Prefeitura de Teresina, mas mantinha, também, curso particular em sua residência, hoje chamada de reforço escolar.
O professor Wall Ferraz quando foi prefeito de Teresina, homenageou as nossas distintas mestras com nomes de avenidas e ruas.
Do livro Genu Moraes - a Mulher e o Tempo.
Sobre Alcebíades e Aurora Soares, acessar:
http://www.krudu.blogspot.com.br/2015/01/a-vencedora-de-alcebiades-soares.html
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