Meu amigo Adilson
Zózimo Tavares Mendes
Na quinta-feira, 15, pelo meio da tarde, eu estava na redação do Diário quando recebi uma ligação telefônica com uma notícia triste: o Adilson havia falecido. Quem me dava informação era sua irmã Aurinete. O Adilson era um amigo de muitos anos que conheci na redação do jornal O Dia. Ainda era um garoto quando foi levado para lá pelo jornalista José Fortes Filho, que logo o apelidou de “Sacy”, numa alusão ao bairro em que morava.
O Adilson Castro da Silva, seu nome completo, morreu em Santa Rita do Pardo, no Mato Grosso do Sul, onde trabalhava. Sofreu uma parada cardíaca. Casado com uma piauiense de Floriano, três filhos (o menor com apenas 6 meses de idade, outro com 4 e o mais velho com 9 anos), tinha 49 anos, morava em Presidente Prudente, São Paulo, e trabalhava em Santa Rita do Pardo. Ele ficava de segunda a quinta-feira no trabalho e passava os finais de semana com a família.
Em Teresina, trabalhou como diagramador no jornal O Dia e no Jornal da Manhã. Uma figura muito querida nas redações. Quando presidi o Sindicato dos Jornalistas do Piauí (1991-1993), ele foi tesoureiro. Nessa função, organizou as contas da entidade, cuidando delas com muito zelo e responsabilidade, desde à arrecadação aos pagamentos. Deixava com ele o talão de cheques do sindicato já com a minha assinatura, em branco, tal era a confiança que nele sempre depositei.
À época, Adilson estudava Ciências Contábeis. Depois, abandonou as redações e montou seu próprio negócio, uma farmácia. Em seguida, passou a fazer concurso, vindo a ser aprovado em 2006 para o cargo de auditor fiscal da Secretaria de Fazenda do Mato Grosso do Sul. Foi lotado no posto fiscal de Santa Rita do Pardo. Sempre vinha a Teresina nas férias. No ano passado, esteve na cidade em julho e também em dezembro.
Em julho, quando chegava para as férias, ele soube do acidente fatal com meu filho Daniel e foi um dos primeiros a chegar ao IML para me confortar. Hoje cedo fui ao seu velório e o filme de nossa bela convivência passou em minha memória, com as lembranças sendo congeladas em alguns instantes.
Seu sonho era voltar para Teresina. E voltou ontem, de forma definitiva! Que Deus conforte sua família e lhe conceda o descanso dos justos e dos bons! -
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