José Maria Vasconcelos
Tenho hábito de assistir missa em meio de semana, comecinho da noite, Igreja de Fátima, especialmente celebrada por Pe. Tony. Entediam-me templos superlotados, cultos atrelados de músicas intermináveis, às vezes de duvidosa emoção e louvor. Deleito-me com as que se fixam na memória, provocam solfejos debaixo do chuveiro. No meio de semana, sinto-me à vontade, pela simplicidade da liturgia e menos prolixidade.
Refiro-me à celebração de Pe.Tony, porque poucos sacerdotes conseguem seduzir a assembléia para Deus. Pe. Carlito, do Bairro S. João, sacode paroquianos, igreja cada vez mais lotada. Duvido que haja evasão de fiéis de ambas as paróquias para outros rebanhos, cujo tema dos sermões se centraliza na multiplicação fácil dos pães, peixes e vinho.
Nas missas, durante a semana, Pe. Tony sai do altar, percorre a nave central, interage com os fiéis, usando dialética familiar e banais exemplos do cotidiano.
Durante uma missa, ouvi interpretação do episódio da viúva de Sarepta. Cansado da longa viagem pelo deserto, o profeta Elias encontra a viúva e lhe pede de comer e beber, em ano de terrível seca e fome. A pobre mulher juntava lenha para cozer a última porção de farinha: “Só tenho um punhado e resto de óleo para mim e meu filho. Depois, esperarmos a morte.” Elias exigiu-lhe que o atendesse, na promessa de que não faltaria alimento “enquanto não vier o período chuvoso.” A viúva creu. A mão de Deus proveu-lhe, conforme predissera o profeta.
Eu já conhecia a romântica história da viúva de Sarepta. Encontra-se no capítulo 20, Primeiro Livro dos Reis. Trata da partilha, mesmo em situação financeira extrema. O amor sobrepõe-se a qualquer satisfação pessoal.
O que me despertou a consciência foi o desafio do pregador, quase uma aposta: “Quem souber de alguém que tenha empobrecido ou quebrado financeiramente, porque compartilhara com os necessitados, ou a serviço da missão de Deus, por favor, comuniquem-me, porque não conheço caso sequer.”
Em tempo de materialismo exacerbado, de ambições sem limites, de prazeres e safadezas financeiras, uma missinha meio de semana até daria para despertar mais generosidade em território das sareptas da vida, cheinhas de miseráveis, clamando por um prato de comida e dignidade.
Refiro-me à celebração de Pe.Tony, porque poucos sacerdotes conseguem seduzir a assembléia para Deus. Pe. Carlito, do Bairro S. João, sacode paroquianos, igreja cada vez mais lotada. Duvido que haja evasão de fiéis de ambas as paróquias para outros rebanhos, cujo tema dos sermões se centraliza na multiplicação fácil dos pães, peixes e vinho.
Nas missas, durante a semana, Pe. Tony sai do altar, percorre a nave central, interage com os fiéis, usando dialética familiar e banais exemplos do cotidiano.
Durante uma missa, ouvi interpretação do episódio da viúva de Sarepta. Cansado da longa viagem pelo deserto, o profeta Elias encontra a viúva e lhe pede de comer e beber, em ano de terrível seca e fome. A pobre mulher juntava lenha para cozer a última porção de farinha: “Só tenho um punhado e resto de óleo para mim e meu filho. Depois, esperarmos a morte.” Elias exigiu-lhe que o atendesse, na promessa de que não faltaria alimento “enquanto não vier o período chuvoso.” A viúva creu. A mão de Deus proveu-lhe, conforme predissera o profeta.
Eu já conhecia a romântica história da viúva de Sarepta. Encontra-se no capítulo 20, Primeiro Livro dos Reis. Trata da partilha, mesmo em situação financeira extrema. O amor sobrepõe-se a qualquer satisfação pessoal.
O que me despertou a consciência foi o desafio do pregador, quase uma aposta: “Quem souber de alguém que tenha empobrecido ou quebrado financeiramente, porque compartilhara com os necessitados, ou a serviço da missão de Deus, por favor, comuniquem-me, porque não conheço caso sequer.”
Em tempo de materialismo exacerbado, de ambições sem limites, de prazeres e safadezas financeiras, uma missinha meio de semana até daria para despertar mais generosidade em território das sareptas da vida, cheinhas de miseráveis, clamando por um prato de comida e dignidade.
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