sábado, 24 de julho de 2010

Ana Fonteles

Ana Fonteles. Ana Fonteles.

Piauiense de Parnaíba, Ana Fonteles faleceu no domingo do dia 25 de julho de 2004, portanto, há seis anos, mas parece que foi ontem pela enorme saudade que ainda nos faz. Eu a conheci em Parnaíba, quando lá morava e estudava no Ginásio Clóvis Salgado, que era vizinho à sua casa. Nesse tempo eu era apaixonado pela irmã dela, a Zezé Fonteles, cantora como ela também. Aliás, a família Fonteles é toda musicial. Para tanto devemos trazer à tona o Tim e o Jabuti. Interessante que para ficar perto da minha amada, Zezé Fonteles, me fiz aluno dela no curso de violão que a família Fonteles mantinha em casa. Mas, isso é outra história...
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Ana Fonteles fez-se cantora no Ceará, onde chegou ainda na década de 70. Em 1979, uniu-se a Ednardo e companhia no Massafeira, movimento artístico-musical que mudou os rumos da música cearense, revelando nacionalmente, além do próprio Ednardo, o talento de cantores como Fausto Nilo, Fagner e Belchior, integrantes do coletivo de artistas que ficou conhecido como O Pessoal do Ceará.

Ana participou ainda do primeiro produto cria do movimento musical, o histório LP “Massafeira Livre”, lançado no ano seguinte. Sua reconhecida versatilidade musical a levou ainda a gravar participações em discos tão heterogêneos quanto “Melhor que mato verde”, de Petrúcio Maia; “Brilho”, de Stélio do Valle; “Liberato”, de Alano e Francis Valle; “Cria do Mundo”, de Jabuti e “Geléia Gerou”, coletânea de compositores e intérpretes nordestinos.

O primeiro disco solo, no entanto, só viria em 1990, de forma independente. O LP “Ana Fonteles” registra o ecletismo musical da cantora, passeando entre baiões, maxixes, tango e blues em canções de, entre outros, Eugênio Leandro, Osvald Barroso, Amaro Pena, Fausto Nilo e Geraldo Azevedo.

O disco conta ainda com a participação de Sivuca, Gilson Peranzzetta, Maurício Einhorn, Sebastião Tapajós e o grupo Boca Livre.

Em 1995, cansada da falta de apoio aos artistas, Ana Fonteles mudou-se para Nova York, onde passou a se dividir entre a música e o trabalho numa agência de turismo. Lá, se apresentou em bares e locais freqüentados pelos apreciadores de música brasileira nos Estados Unidos.

A vida no exterior não afastou a cantora do cenário musical cearense, onde se apresentava sempre que vinha passar férias. Um dos projetos de Ana era a gravação de um CD em homenagem aos ritmos nordestinos difundidos internacionalmente através da obra de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro, que redescobriu em suas andanças pelos Estados Unidos e Europa.“Ana foi uma grande intérprete. Um modelo de cantora para todos nós no início da carreira”, lembra Ricardo Black.

Fonte: Diário do Nordeste.

Um comentário:

lucianohortencio disse...

https://www.youtube.com/watch?v=ANOi8xtp0M8