Joca (em) Oeiras e Sônia Terra (em Paris).
Foto de Kenard Kruel.
Joca Oeiras
Só não qualifico de Ótimo porque, tenho a certeza, Ótimo será o próximo! Mas foi Muuuiiinto bom o VI Festival de Cultura de Oeiras! Não que não tenha apresentado nenhuma falha: bem ao contrário, teve muitas! Mas o saldo foi amplamente positivo! Aliás, é bom que se diga, até o Ótimo VII Festival de Cultura de Oeiras (a ser realizado em 2010) terá, certamente, sua realização marcada por inúmeras falhas, bem como, muitas das que ocorreram neste ano serão sanadas, assim espero. Só quem faz, erra!
O primeiro indício de que o nosso Festival foi encarado com seriedade pelos organizadores pôde ser visto já na sessão de abertura, que contou com a presença de inúmeros políticos comandados pelo vice-governador Wilson Martins. Aliás, quero, de público, pedir desculpas à presidente da Fundac, Sonia Terra, pela carta que escrevi insistindo que ela estivesse aqui em Oeiras durante o Festival. Se tivessem me dito que você estaria em Paris, Sônia, inclusive divulgando ações culturais brasileiras, de forma alguma escreveria aquela carta. “Paris bem vale uma Missa” (Henrique IV, rei da França de 1589 a 1610). Muito notadas, no entanto, as lamentáveis ausências dos dois principais dirigentes do Turismo Piauiense, Patrocínio Paes Landim e Sílvio Leite. Nos dias subsequentes, sexta (23) e sábado (24), circularam pela Praça de Eventos tanto o prefeito Sílvio Mendes como o Senador João Vicente Claudino.
O fato é que, como venho afirmando desde 2007, o evento adquiriu luz própria, isto é, enraizou-se no calendário de eventos de Oeiras. Apenas relembrando, mesmo o V Festival, no qual, confesso, não apostei um níquel na sua realização exitosa (embora torcesse ardentemente por ela) recebeu, de minha parte, aprovação. Apenas um amigo sentenciou, naquela ocasião “Leo Gandelmam não merecia público tão exíguo!” É verdade. Mas para quem se preocupa com a continuidade dos eventos de Oeiras, muito mais que o grande Léo Gandelmam foi importante a própria existência da quinta edição do Festival, mesmo que péssima e tardiamente divulgado, ou antes, não divulgado.
Achei uma pena que a grande atração do Festival, o cantor Zeca Baleiro, só tenha podido apresentar-se no primeiro dia, o que, queiramos ou não, propiciou uma espécie de anti-climax muito embora o excelente cantor (e compositor) Vavá Ribeiro, que se apresentou no derradeiro dia, tenha carregado para a praça um séqüito fiel de fãs.
O Maestro Aurélio Melo é figura de prol na cena musical oeirense. A apresentação do conjunto “Ensaio Vocal” foi belíssima. Fiquei emocionado!
Uma coisa ficou evidente: a audiência do Festival é ainda maciçamente local. Basta ver a platéia da sexta-feira, quando uma banda de Forró se apresentou no BNB Clube: a platéia do palco principal ficou sensivelmente reduzida.
Por falar nisso, foi “show de bola” a localização do Palco Possidônio Queiroz” pois permitia a todos, tanto os que preferiam permanecer sentados, bebericando, como os que queriam dançar, a fruição perfeita do som.
O mesmo não se pode dizer do palco alternativo (José Expedito Rego). Para o cantor Vivaldo Simão o palquinho mais atrapalhou que ajudou, inclusive porque ficou fora do alcance de visão dos que estavam no Café Oeiras e não chegou a cumprir qualquer função relevante no sentido de agrupar pessoas na Feira de Artesanato. Houve, também, quem criticasse o tratamento dado às atrações locais, o que parece ter cabimento. É bom lembrar, porém, que estes tratamentos discriminatórios à prata da casa não são uma exclusividade do Festival de Oeiras, ocorrendo de forma mais (Festival de Inverno de Pedro II) ou menos (Cachaçafest de Castelo do Piauí) sutil nos diversos eventos pelo Estado afora. Em Castelo, por exemplo, é tão gritante a discriminação que já se chegou a mandar parar um show no palquinho para poder passar o som no palcão, ao lado. Um enorme desrespeito! Em Oeiras parece que não foi muito diferente, embora o palco alternativo não participasse, como em Castelo, do mesmo espaço sonoro, o tempo de apresentação da cantora Luciana foi grandemente diminuído.
Só não qualifico de Ótimo porque, tenho a certeza, Ótimo será o próximo! Mas foi Muuuiiinto bom o VI Festival de Cultura de Oeiras! Não que não tenha apresentado nenhuma falha: bem ao contrário, teve muitas! Mas o saldo foi amplamente positivo! Aliás, é bom que se diga, até o Ótimo VII Festival de Cultura de Oeiras (a ser realizado em 2010) terá, certamente, sua realização marcada por inúmeras falhas, bem como, muitas das que ocorreram neste ano serão sanadas, assim espero. Só quem faz, erra!
O primeiro indício de que o nosso Festival foi encarado com seriedade pelos organizadores pôde ser visto já na sessão de abertura, que contou com a presença de inúmeros políticos comandados pelo vice-governador Wilson Martins. Aliás, quero, de público, pedir desculpas à presidente da Fundac, Sonia Terra, pela carta que escrevi insistindo que ela estivesse aqui em Oeiras durante o Festival. Se tivessem me dito que você estaria em Paris, Sônia, inclusive divulgando ações culturais brasileiras, de forma alguma escreveria aquela carta. “Paris bem vale uma Missa” (Henrique IV, rei da França de 1589 a 1610). Muito notadas, no entanto, as lamentáveis ausências dos dois principais dirigentes do Turismo Piauiense, Patrocínio Paes Landim e Sílvio Leite. Nos dias subsequentes, sexta (23) e sábado (24), circularam pela Praça de Eventos tanto o prefeito Sílvio Mendes como o Senador João Vicente Claudino.
O fato é que, como venho afirmando desde 2007, o evento adquiriu luz própria, isto é, enraizou-se no calendário de eventos de Oeiras. Apenas relembrando, mesmo o V Festival, no qual, confesso, não apostei um níquel na sua realização exitosa (embora torcesse ardentemente por ela) recebeu, de minha parte, aprovação. Apenas um amigo sentenciou, naquela ocasião “Leo Gandelmam não merecia público tão exíguo!” É verdade. Mas para quem se preocupa com a continuidade dos eventos de Oeiras, muito mais que o grande Léo Gandelmam foi importante a própria existência da quinta edição do Festival, mesmo que péssima e tardiamente divulgado, ou antes, não divulgado.
Achei uma pena que a grande atração do Festival, o cantor Zeca Baleiro, só tenha podido apresentar-se no primeiro dia, o que, queiramos ou não, propiciou uma espécie de anti-climax muito embora o excelente cantor (e compositor) Vavá Ribeiro, que se apresentou no derradeiro dia, tenha carregado para a praça um séqüito fiel de fãs.
O Maestro Aurélio Melo é figura de prol na cena musical oeirense. A apresentação do conjunto “Ensaio Vocal” foi belíssima. Fiquei emocionado!
Uma coisa ficou evidente: a audiência do Festival é ainda maciçamente local. Basta ver a platéia da sexta-feira, quando uma banda de Forró se apresentou no BNB Clube: a platéia do palco principal ficou sensivelmente reduzida.
Por falar nisso, foi “show de bola” a localização do Palco Possidônio Queiroz” pois permitia a todos, tanto os que preferiam permanecer sentados, bebericando, como os que queriam dançar, a fruição perfeita do som.
O mesmo não se pode dizer do palco alternativo (José Expedito Rego). Para o cantor Vivaldo Simão o palquinho mais atrapalhou que ajudou, inclusive porque ficou fora do alcance de visão dos que estavam no Café Oeiras e não chegou a cumprir qualquer função relevante no sentido de agrupar pessoas na Feira de Artesanato. Houve, também, quem criticasse o tratamento dado às atrações locais, o que parece ter cabimento. É bom lembrar, porém, que estes tratamentos discriminatórios à prata da casa não são uma exclusividade do Festival de Oeiras, ocorrendo de forma mais (Festival de Inverno de Pedro II) ou menos (Cachaçafest de Castelo do Piauí) sutil nos diversos eventos pelo Estado afora. Em Castelo, por exemplo, é tão gritante a discriminação que já se chegou a mandar parar um show no palquinho para poder passar o som no palcão, ao lado. Um enorme desrespeito! Em Oeiras parece que não foi muito diferente, embora o palco alternativo não participasse, como em Castelo, do mesmo espaço sonoro, o tempo de apresentação da cantora Luciana foi grandemente diminuído.
Toques, retoques e pinceladas
1 Valeu a experiência, mas o Palco montado na Igreja do Rosário infelizmente não recebeu a afluência de público que se ´poderia esperar. No meu modo de ver este seria o Palco ideal para um outro tipo de evento já proposto por mim, a saber, um Festival de Folclore a ser criado na esteira do prestigio nacional adquirido pelo Conjunto “Congos de Oeiras”
2 Ouvi algumas pessoas reclamarem que o perfil musical de Elomar, Xangai e Vital Farias é muito parelho, digamos assim. Não tiro a razão dos que reclamam, mas acho que o que ficou faltando, de fato, na contramão de uma forte tradição – Hamilson Holanda, Leo Gandelmam, Yamandu Costa, Turíbio Santos, Erisvaldo Borges, Bandolins de Oeiras, Trombone & Cia, entre outros – foi um grande instrumentista. O pianista Artur Moreira Lima chegou a ser anunciado, mas não confirmado. O que houve com ele que resultou na sua ausência, ninguém se dignou a informar.
3 Não vi a menor repercussão nem, muito menos, qualquer conseqüência. Pode alguém me dar contas da tal “Palestra Motivacional” do escritor César Sousa, importado dos States, segundo o prefeito B. Sá, para “elevar a auto-estima dos oeirenses”? Mas uma pessoa me garantiu: que o pobre homem saiu de Oeiras com a auto-estima lá embaixo. “Ninguém me ama! Ninguém me quer!” Alias, já que perguntar não ofende: caro prefeito B. Sá, o que, afinal, tem a ver Cultura com Auto-Ajuda?
4 Foi um belo gesto – de efetiva solidariedade artística e profissional – do grande cantor e compositor oeirense Vavá Ribeiro que serviu como desagravo à insensibilidade, demonstrada pelos organizadores do VI Festival quando desconvidaram o cantor, compositor e poeta Vivaldo Simão, ouro da casa, eu diria, apenas porque ele pediu para discutir, antecipadamente, seu cachet e tempo de apresentação. Vavá convidou o Vivaldo para cantar, com ele, duas músicas durante sua apresentação, no Palco Principal. Ambos foram muito ovacionados. Parabéns Vavá!
5 A apresentação do velho cantor baiano Elomar Figueira de Melo foi deslocada – sem aviso prévio e a pedido (ou por exigência?) deste – para o anfiteatro da Casa das Doze Janelas num flagrante desrespeito ao público que aguardava a apresentação no palco “Possidônio Queiroz”.
6 Presentes no Festival de Pedro II de 2009 , assim como no inesquecível “Global Rock Art”, os climatizadores localizados na Praça da Bandeira ajudaram a fazer diferença, este ano, também no evento de Oeiras. Vieram para ficar, assim esperamos.
7 Os gastos com infraestrutura foram, sem dúvida, os maiores até agora registrados nos Festivais de Oeiras. Isto se deve em grande parte ao Sebrae, que desde o II Festival tinha presença marginal, como confessou publicamente o Superintendente do Sebrae, Sr. Delano Rocha.
8 Diferentemente das escolas públicas estaduais e municipais, dois colégios particulares – o Instituto Barros de Ensino e o Mahatma Ghandi – deram demonstrações de que é possível incentivar, no alunato, a fruição de cultura, um exemplo que deve ser seguido por todos.
9 Apesar de, infelizmente, não termos qualquer dado mais concreto, fizeram sucesso os displays dos Congos e das Bandolinistas de Oeiras no Stand montado pela FNT. A publicitária Lais Reis, teve uma grande idéia que poderia ter sido melhor aproveitada naquela ocasião. E será, no futuro, tenho certeza!
10 Tendo em vista que 2010 é um ano eleitoral e que pode haver segundo turno seja para presidente ou para governador, proponho que o VII Festival de Cultura de Oeiras seja realizado entre os dia 11 e 14 de novembro (quatro dias, de quinta a domingo ) tendo em vista, inclusive, que o dia 15 (segunda-feira) é feriado nacional.
1 Valeu a experiência, mas o Palco montado na Igreja do Rosário infelizmente não recebeu a afluência de público que se ´poderia esperar. No meu modo de ver este seria o Palco ideal para um outro tipo de evento já proposto por mim, a saber, um Festival de Folclore a ser criado na esteira do prestigio nacional adquirido pelo Conjunto “Congos de Oeiras”
2 Ouvi algumas pessoas reclamarem que o perfil musical de Elomar, Xangai e Vital Farias é muito parelho, digamos assim. Não tiro a razão dos que reclamam, mas acho que o que ficou faltando, de fato, na contramão de uma forte tradição – Hamilson Holanda, Leo Gandelmam, Yamandu Costa, Turíbio Santos, Erisvaldo Borges, Bandolins de Oeiras, Trombone & Cia, entre outros – foi um grande instrumentista. O pianista Artur Moreira Lima chegou a ser anunciado, mas não confirmado. O que houve com ele que resultou na sua ausência, ninguém se dignou a informar.
3 Não vi a menor repercussão nem, muito menos, qualquer conseqüência. Pode alguém me dar contas da tal “Palestra Motivacional” do escritor César Sousa, importado dos States, segundo o prefeito B. Sá, para “elevar a auto-estima dos oeirenses”? Mas uma pessoa me garantiu: que o pobre homem saiu de Oeiras com a auto-estima lá embaixo. “Ninguém me ama! Ninguém me quer!” Alias, já que perguntar não ofende: caro prefeito B. Sá, o que, afinal, tem a ver Cultura com Auto-Ajuda?
4 Foi um belo gesto – de efetiva solidariedade artística e profissional – do grande cantor e compositor oeirense Vavá Ribeiro que serviu como desagravo à insensibilidade, demonstrada pelos organizadores do VI Festival quando desconvidaram o cantor, compositor e poeta Vivaldo Simão, ouro da casa, eu diria, apenas porque ele pediu para discutir, antecipadamente, seu cachet e tempo de apresentação. Vavá convidou o Vivaldo para cantar, com ele, duas músicas durante sua apresentação, no Palco Principal. Ambos foram muito ovacionados. Parabéns Vavá!
5 A apresentação do velho cantor baiano Elomar Figueira de Melo foi deslocada – sem aviso prévio e a pedido (ou por exigência?) deste – para o anfiteatro da Casa das Doze Janelas num flagrante desrespeito ao público que aguardava a apresentação no palco “Possidônio Queiroz”.
6 Presentes no Festival de Pedro II de 2009 , assim como no inesquecível “Global Rock Art”, os climatizadores localizados na Praça da Bandeira ajudaram a fazer diferença, este ano, também no evento de Oeiras. Vieram para ficar, assim esperamos.
7 Os gastos com infraestrutura foram, sem dúvida, os maiores até agora registrados nos Festivais de Oeiras. Isto se deve em grande parte ao Sebrae, que desde o II Festival tinha presença marginal, como confessou publicamente o Superintendente do Sebrae, Sr. Delano Rocha.
8 Diferentemente das escolas públicas estaduais e municipais, dois colégios particulares – o Instituto Barros de Ensino e o Mahatma Ghandi – deram demonstrações de que é possível incentivar, no alunato, a fruição de cultura, um exemplo que deve ser seguido por todos.
9 Apesar de, infelizmente, não termos qualquer dado mais concreto, fizeram sucesso os displays dos Congos e das Bandolinistas de Oeiras no Stand montado pela FNT. A publicitária Lais Reis, teve uma grande idéia que poderia ter sido melhor aproveitada naquela ocasião. E será, no futuro, tenho certeza!
10 Tendo em vista que 2010 é um ano eleitoral e que pode haver segundo turno seja para presidente ou para governador, proponho que o VII Festival de Cultura de Oeiras seja realizado entre os dia 11 e 14 de novembro (quatro dias, de quinta a domingo ) tendo em vista, inclusive, que o dia 15 (segunda-feira) é feriado nacional.
3 comentários:
Aviso prévio??? Todo aviso é prévio ou não é aviso, é sacanagem.
Querido Anônimo:
Matou a charada! Foi uma grande sacanagem!
beijos e abraços
do Joca Oeiras, o anjo andarilho
beijos e abraços
do Joca Oeiras, o anjo andarilho
Quer dizer que a Sonia terra tá em paris aproveitando o apagar das luzes? Morro e não vejo tudo.
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