quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Enquanto isso, Na UFPI...

Capa do livro em questão.

Caríssimo professor tarêntura, contista e poeta Airton Sampaio, essa, eu acho, é melhor ainda do que me aconteceu com a Wikipedia. Editei, pela Zodíaco, o livro Círculo de Giz - educação sem adjetivos, do professor Kleber Montezuma, ex-secretário da educação de Teresina. Fiz proposta de venda para a Universidade Federal do Piauí. Depois de várias semanas nas salas burocráticas de sempre, o processo, com pareceres positivos, mil carimbos e assinaturas, chegou no setor de compras. Ali fui chamado, com urgência. Fui correndo, mas, parei na contra mão porque o reitor está enchendo a UFPI de quebra molas. E cada quebra molas que vou contar! Alguém precisa dizer ao reitor que temos, na modernidade, redutor eletrônico... Bom, mas isso é outras historieta. Vamos ao que nos interessa!

- "O senhor precisa trazer três orçamentos".

- "Prumode, o que, minha senhora?"

- "Para eu poder fazer o pedido de 20 livros, meu senhor".

- "Mas, eu sou o editor do livro, tenho exclusividade de representação e venda, não há necessidade disso, minha senhora".

- "Não é o que o chefe diz. Ele diz que tem que obedecer a lei. E a lei diz que tem que ter três orçamentos, meu senhor".

- "Minha senhora, como eu vou poder trazer três orçamentos se eu, somente eu, posso representar e vender este livro?".

- "Pois, então, traga três declarações de editoras dizendo que não editaram e nem vendem o livro do professor Kleber Montezuma - Círculo de Giz - educação sem adjetivos, que tudo será resolvido, meu senhor".

- "Minha senhora, não temos três editoras em Teresina. Estou dizendo legalizadas, com tudo em ordem, podendo dar documento, preto no branco. Portanto, não vejo como atender essa exigência da sua lei".

- "Então, meu senhor, vá à Junta Comercial e peça Certidão deles dizendo isso".

- "Por Jupíter, no expediente do livro está dito isso, que eu sou o editor. No requerimento que eu fiz está dito que eu sou representante e vendedor exclusivo. Olhe, minha editora é legal, tem endereço, cnpj, isbn, e tudo mais de signos e siglas. Não vejo necessidade da Junta Comercial certificar o que já está certificado no próprio livro, além do meu requerimento, minha senhora".

- "Meu senhor, se você quiser vender o livro, faça como eu estou dizendo. Do contrário, vá falar com o chefe".

- "Como é o nome dele, minha senhora?"

- "Fábio, meu senhor".

- "Professor Fábio, patati patatá...".

- " Professor Kenard Kruel, não tem jeito, aqui é dura lex sed lex, faça como está dito, que estamos aqui para atendê-lo da melhor maneira possível. Doutro jeito, nem pensar".

E agora, meu amigo Airton Sampaio, o que eu faço? Mostre-me a luz no final do túnel. Por Jupíter!

Um comentário:

Airton Sampaio disse...

Quem pode dar essa resposta a você, Caro Kenard, é o Amaral, que anda muito ufanista, vendo sensibilidade em tudo quanto é canto. Quando se trata da Fazenda Piauí eu não vejo luz nem no começo do túnel... Abração!