quinta-feira, 23 de julho de 2009

Desafiando o Coro dos Contentes

Antônio José Medeiros, Kleber Eulálio,
governador Wellington Dias.
Foto sem crédito.

Kenard Kruel
Escritor e Editor
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O governador do Estado é um escritor, contista premiado, com dois livros publicados. O secretário de Estado da Educação é tido como um dos maiores intelectuais do Piauí, com diversos livros publicados. Já foi dono de duas livrarias: Corisco e Punaré. O que poderia ser muito, não representa nada. O governo Wellington Dias não tem um política voltada para o Livro. Para a leitura. Para a Educação. Para a Cultura. Para a Arte. Para a Vida. Também, assessorado por Robert Rios, Xavier Neto, Fernando Monteiro, Leal Junior e os Aloprados PeTralhas!

Os Concursos Literários, instituídos por força de Lei, não pagam os seus vencedores. Não editam as obras que deveriam ser editadas. A moça que comanda a Fundação Cultural do Piauí ainda vive na era da comunicação de bater tambor.

A Lei de Incentivo à Cultura do Estado - SIEC, administrada por esta moça, é mais outro desrespeito à categoria. Vejamos o caso deste ano. A divulgação dos aprovados, que deveria ter sido dada em janeiro, só saiu em abril, depois de muita pressão. Até hoje o dinheiro não foi depositado na conta dos contemplados. E não há a menor previsão para isso, sete meses depois que a Lei obriga.

Mas, deixemos essa moça de lado. Para quem era, sem qualquer contato cultural e artístico, até que ela se esforça muito para manter o seu batuque de tambor ativo.

No dia 11 de julho de 2005, Lei (nº 5.464) de autoria do deputado estadual João de Deus, ex-professor, ex-respresentante de sua categoria, levada mastigada para ele pelo poeta, defensor público, historiador Paulo Machado, dispondo sobre o ensino de Literatura Brasileira de Expressão Piauiense, no ensino Fundamental e Médio, nas escolasdas redes pública estadual e privada, no Estado do Piauí, foi sancionada pelo governador Wellington Dias. Eis o texto:

O Governador do Estado do Piauí,

Faço saber que o Poder Legisaltivo decreta e eu sanciono a seguinte lei:

Art. 1º - Fica instituída a obrigatoriedade do ensino de literatura brasileira de expressão piauiense, no ensino Fundamental e Médio, nas escolas das redes pública estadual e privada, no Estado do Piauí.

Art 2º - A secretaria Estadual da Educação e Cultura, através do órgão competente, definirá o conteúdo programático do ensino de literatura brasileira de expressão piauiense a ser cumprido nas escolasdas redes pública estadual e privada.

Art 3º - O Conselho Estadual de educação definirá a normatização para a execução desta lei, no prazo de noventa dias, a partir da data de sua publicação.

Art. 4º - Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação.

Palácio de Karnak, em Teresina (PI), 11 de julho de 2005

Wellington Dias
Governador do Estado

Kleber Eulálio
Secretário de Governo

Muito bem: a Lei é de 11 de julho de 2005. O Art. 3º determina que, no prazo de noventa dias, a partir de sua publicação, o Conselho Estadual de Educação defina a normatização para a sua execução. Isso, pelas minhas contas, seria no dia 11 de outubro de 2005. Estamos no dia 24 de julho de 2009 e nada de novo aconteceu na ordem do dia D. Uma ação de obrigação de fazer cairá bem, não é meu amigo advogado e escritor Dr. Antônio de Deus Neto? Ou seria uma ação popular? Ou um Mandado de Segurança? Ou tudo junto?! Com os Aloprados dos PeTralhas não se pode dar bobeira...

Há três anos ando pelos gabinetes da Secretaria de Estado da Educação propondo duas coisas: 1) a elaboração de um livro didático da literatura brasileira de expressão piauiense; 2) a realização de cursos para os professores da área. Depois de muito levar não, não, não, não, finalmente (acho que pelo cansaço deles) na semana passada, consegui, pela Associação Piauiense de Imprensa, que o secretário Antônio José Medeiros autorizasse convênio para a elaboração não de um livro didático, mas de material didático. Quanto aos cursos, ele vetou, sem nenhuma explicação. Porém, por conta e risco, vou ministrar estes cursos aqui e alhures. O primeiro já está definido: será nos dias 25, 26 e 27 de agosto, no auditório do Instituto Dom Barreto, das 9 às 12 horas. Aberto a todos.

O problema é que a culpa não recai só nas autoridades assinaladas, recai mais na omissão dos próprios interessados maiores, que são os escritores. O que???? Ah, sim, estão todos sorridentes tomando seus chás com torradas nas inúmeras Academias de Letras criadas pelo Herculano Moraes por este Piauí de macunaímas. Os que não estão nas Academias de Letras estão na UBE-PI do des. Tomaz Gomes Campelo. Minha esperança reside nos Tarântulas Airton Sampaio, J. L. Rocha do Nascimento e M. de Moura Filho, porque o Bezerra J. P. há muito não é mais confiável. Namora, à luz do dia, sua entrada na Academia Piauiense de Letras.

É, portanto, hora de acordar. De tomar posição. De cobrar. Mas, também, de levantar a bunda gorda de não fazer nada de nadinha de nada e fazer a sua parte. Só escrever não basta!

E quem vier responder este artigo com conversa miolo de pote, no lenga lenga de sempre ou mesmo querendo cutucar o urso velho hibernador em sua Kenard Kaverna, que vá logo pra Puta Que Pariu! Só quero saber do que pode dar certo, não tenho tempo a perder. Além do mais, com estas chuvas de agora, o friozinho aqui me convida apenas para os braços da minha amada, nesta rede vermelha da cor da paixão. Então... Tá, então avisados (as)!!!!!!.

Um comentário:

EMERSON ARAÚJO disse...

Meu caro, kenard Kruel, ele deve ter vetado, também, o meu nome para coordenar o projeto. Estou em Tuntum há dez dias com a Mônica, tentando sorevive e comer as custas do sogro e da sogra e não ouvir os cobradores de plantão. Já te disse milhões de vezes, conte comigo independente deles, pois eles passarão, nós não, devendo ou não, comendo ou não, estaremos aqui e ali feito pedra dura. Um abração. Meu contato de Tuntum é 99-3522-0240, se precisar estou a disposição.