Xerife Robert Rios.
- O senhor chegou a porta estava fechada, não estava? Pois é, o nosso medo, agora, que já era grande, aumentou mais ainda. A manchete dos jornais de hoje, Dr. Kenard Kruel, diz que logo logo soltarão mais 700 bandidos perigosos por conta de um tal de Habeas Corpus. Aqui só saimos quando não dá mesmo para não sair. E só abrimos a porta agora quando conhecemos quem está do lado de fora. O serviço aqui diminuiu muito. Mas, melhor do que levar um tiro ou uma facada no meio da rua. No meio da rua não, numa padaria, numa farmácia, num banco, numa igreja, numa loja, em qualquer lugar, que ninguém mais está seguro em lugar algum.
Foto sem crédito.
Poeta irmão Emerson Araújo,
Hoje pela manhã fui fazer duas bonecas do livro História do Piauí (Gervásio Santos e Kenard Kruel), a sair em breve pela Zodíaco, no Monteiro (Francisco de Assis), que tem sua encadernadora na Rua Benjamin Constant, 1374, ali perto da Oficina da Palavra, do presidente Cineas Santos. A porta estava fechada. Quando já ia entrando no carro para ir embora em busca do Tonhô, que sempre me salva quando o Monteiro não pode me atender, o irmão deste apareceu e me chamou, com cara de uma tristeza de dá dó.
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- O que aconteceu Carlos (Henrique Monteiro)?
- Sabe não?
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- Sei não!
- O Monteiro foi baleado, está mal no HUT.
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- Que loucura é essa, como foi isso?
- O Mutirão da Justiça soltou cerca de 360 bandidos perigosos e um deles, num assalto à padaria Modelo, matou uma pessoa e feriu o Monteiro, que está mal, como disse, no HUT, quarto 220. Estamos nos virando para cobrir as depesas de lá e da casa dele, o que não está fácil. Não estamos recebendo ajuda de ninguém.
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- Mas, por que você não foi ao Secretário da Segurança Robert Rios, à Secretária da Justiça Cléia Maia, ao comandante da Polícia Militar do Piauí coronel Prado, ao prefeito Silvio Mendes, ao governador Wellington Dias, ao presidente da Câmara Renato Beger, ao presidente da Assembléia Themistócles Filho, ao presidente do Tribunal de Justiça Des. Alencar, ao Ministério Público (Dr. Augusto Cézar de Andrade), à Defensoria Pública (Dr. Nelson Nery Costa), à OAB-PI (Norberto Campelo), ao padre Tony Batista? Alguém tem que se responsabilizar pelo que aconteceu. Ou responsabilizar alguém pelo que aconteceu.
- O senhor chegou a porta estava fechada, não estava? Pois é, o nosso medo, agora, que já era grande, aumentou mais ainda. A manchete dos jornais de hoje, Dr. Kenard Kruel, diz que logo logo soltarão mais 700 bandidos perigosos por conta de um tal de Habeas Corpus. Aqui só saimos quando não dá mesmo para não sair. E só abrimos a porta agora quando conhecemos quem está do lado de fora. O serviço aqui diminuiu muito. Mas, melhor do que levar um tiro ou uma facada no meio da rua. No meio da rua não, numa padaria, numa farmácia, num banco, numa igreja, numa loja, em qualquer lugar, que ninguém mais está seguro em lugar algum.
A situação é essa, meu caro poeta irmão Emerson Araújo. O Montgomery Holanda está certo. O seu comentário abaixo reflete a pura realidade do momento. Teresina está "sob o terrível impacto da bulimia da bandidagem, apoiada pelo bulharaço provocado pelas autoridades, principalmente policiais e judiciárias, com os seus mutirões da verdade e da razão".
Os bandidos perigosos, poeta irmão, estão sendo soltos por conta do excesso de prazo (90 dias para finalizar a instrução). Ora, por que não obrigar os juízes, os promotores, os defensores, os desembargadores, esse povo todo da Justiça a trabalhar nos dois expedientes, já que eles ganham tão bem para não fazer quase nada? Além do mais, esse povo tem prazo em dobro, por qual razão? Estão em pequeno número para a demanda? Concurso público é a solução. Tirar dinheiro de onde? Diminuindo os vencimentos desse povo, acabando com as mordomias, com os parentes e aderentes recebendo também sem quase trabalhar (eles não fazem quase nada e o quase nada que fazem os parentes e aderentes desmancham ainda, numa boa!, sem dó nem pena!.) etc e tal!.
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O xerife Robert Rios disse em entrevista recente para o Silas (TV Meio Norte) que essa coisa da Polícia prender e a Justiça soltar tem que acabar. É uma vergonha, Boris Cassoy! Nessa, estou solidário ao xerife Robert Rios e não abro! Não podemos permitir que pessoas honestas, trabalhadoras como o Monteiro, por exemplo, paguem pela ação condenável desse povo que, não trabalhando como devia, dá brecha para que bandidos perigosos sejam soltos e matem e/ou esfolem nossos entes queridos! Eu comprei a briga do Monteiro. Quero as despesas dele pagas e que a sua família seja assistida por quem provocou essa situação em que ele se encontra com a sua família! Isso não vai passar batido! Vai não! O bloco está na rua. Cartas para a Kenard Kaverna!
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