sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Roberto Netto

Maranhense quando se mete a fazer qualquer coisa, faz inteiro, não pela metade. E é como diz o ditado: se vale à pena ser feito, vale à pena ser BEM feito. É assim que os maranhenses fazemos. Pois bem, instigado por mim, que estou mergulhado em pesquisas sobre o boi maranhense - tradicional, matraca, orquestra etc - pedi ao Roberto José da Rocha Neto, ou simplesmente Roberto Netto, também maranhense, de São Luís, como eu, mas morador no Rio de Janeiro, que produzisse 25 cartuns sobre BOI para exposição, livro, camiseta, portais e o que mais pudermos trampar.
Para Roberto Netto, este trabalho é "um retorno à minhas raízes maranhenses, um pouco entorpecidas pela malenmolência e o gingado carioca". Tudo começará a girar a partir de junho, de Tutóia (MA), onde Deus faz a sua morada, para o mundo. Como eu já sou um ilustre desconhecido mundialmente, não preciso me apresentar. Deixo esta glória para os novatos na arte da fama, como Roberto Netto. Vamos lá: Nasceu no dia 12 de junho de 1964, dia dos namorados. Filho de Benedito Gonçalves Mineu Rocha e Domingas Serafina Coelho Rocha. Morou na Alameda do Seminário (Beco do Seminário) e o seu jardim de infância foi no Jardim Pequeno Príncipe, na Praça Antônio Lobo. De formação religiosa católica, mas tendo um pezinho na umbanda e, até por isso, quer conhecer Codó, do grande Bita do Barão. Depois morou na Praça Odorico Mendes. Aos cinco anos de idade, idos de 1970, partiu, com os pais, para o Rio de Janeiro. Seus pais estavam prospectando trabalho. De primeiro, ficaram no Largo do Machado por 3 meses. Voltaram para o Maranhão. Meses depois voltaram para o Rio de Janeiro, desta vez definitivamente. Estabeleceram-se na cidade de Niterói, onde estão até hoje. Meu primeiro grau, até a terceira serie foi na escola publica Joaquim Távora. Da quarta série pra diante, estudei no Centro Educacional de Niterói. Formou-se em gravura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, ganhando o pão de cada dia como cartunista, chargista, caricaturista, ilustrador, fotógrafo e agitador cultural. Fora os prêmios milionários que ganhou em diversos salões de humor no Brasil (Piauí, Piracicaba, Volta Redonda, Canindé, Rio de Janeiro)... Além das artes e artemanhas que ele publicou em vários jornais do país (JB, Tribuna da Imprensa, Pasquim, O Fluminense, O Globo) e revistas (Mad, Caras, Bundas, Ele & Ela, Raça Brasil...). Depois de tantos anos carioca, até hoje as pessoas percebem que ele não é carioca, quer seja pelo emprego do português maranhense que, à boca pequena das Candinhas, dizem ser o mais correto do mundo, quer pela métrica de seu fraseado, quer por não fazer uso de gírias o todo o tempo, quer porque quer que não seja mesmo carioca, conservando toda a cultura do seu amado Maranhão. Como no Rio de Janeiro não se tem referência do sotaque maranhense, costumam perguntar para o Roberto Netto se ele é mineiro... Uai! No que responde: - "Não, sou maneiro!" Abram a página dele, no Face, e o conheçam por inteiro e não por esta metade que o estamos a apresentar aqui. Caso contrário, vocês não saberão quase nada deste maranhense da gema. Com fé, esperança e amor. Paz e bem a todos.

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