Genu Moraes
Milton de Aguiar, filho de Eurípides Clementino de Aguiar e de Maria das Graças Falcão Lopes Aguiar (Gracy Aguiar) nasceu em Teresina, em 5 de outubro de 1923. Fez os estudos básicos no Liceu Piauiense. Formado em Farmácia e em Direito. Auditor-Fiscal da Receita Federal.
Milton de Aguiar toda a vida procurou imitar papai. Tudo o que ele fazia era para, primeiro, impressionar papai, que lhe devotava atenção especial. Talvez porque foi o filho que procurou seguir sua carreira política.
Após as eleições presidenciais de 2 de dezembro de 1945, tendo em vista incorporar à vida ativa da UDN os dois milhões de eleitores que votaram no brigadeiro Eduardo Gomes, o então secretário geral do partido Virgílio de Mello Franco, voltou a sua preocupação, entre outras ações, para a formação do Departamento Estudantil da UDN. Nessa reestruturação, entre julho e agosto de 1946, quando se reuniu o Diretório Nacional da UDN, grupos de universitários passaram a figurar como um setor de ação especializada do Partido e que tentou refletir em seu interior as demandas estudantis, com ênfase para o movimento universitário. Em outubro de 1946, já constavam mais de trinta estudantes udenistas com cargos na estrutura dos DEs, principalmente na Universidade do Brasil e na Universidade Católica.
Na sua I Convenção Nacional, realizada em julho de 1947, havia estudantes representando os Departamentos Estaduais de dez Estados, além do Distrito Federal, que foram: Amazonas, Paraíba, Ceará, Alagoas, Sergipe, Santa Catarina, Estado do Rio, Minas Gerais, Goiás e São Paulo. Dois anos mais tarde, na reunião do Conselho do DEN, realizada em São Paulo, no ano de 1949, constou a organização dos departamentos estaduais do Piauí, da Bahia, do Paraná e do Rio Grande do Sul, e na reunião de 1950, os estudantes udenistas já possuíam alguma organização também nos Estados do Espírito Santo, Mato Grosso e Rio Grande do Norte, chegando, assim, a ter presença organizada em dezessete Estados e no Distrito Federal.
No Piauí, o Departamento Estudantil da UDN foi formado, entre outros, por Milton de Aguiar, Adelmar Neiva, José Caldas Brito, Genez de Moura Lima, Wall Ferraz, Joaquim Gomes Calado, de Água Branca, Washington, Ludgero e Roberto Raulino, de Altos, e Afrânio Nunes, que foi, durante quatro anos, seu presidente. Dois números de jornais foram editados. Os membros foram ativos na política do Piauí.
Joaquim Gomes Calado, homem dedicado à política desde os primeiros anos da sua mocidade. Tendo exercido as funções de vereador no município de São Pedro do Piauí, de prefeito de Água Branca, foi deputado estadual em duas legislaturas, além de haver desempenhado as funções de Diretor da antiga SAPS.
Homem simples, comunicativo e fiel aos compromissos políticos assumidos, desfrutou no Piauí de grande conceito, sobretudo, nos municípios em que exerceu larga liderança política. Deu sempre o melhor exemplo de trabalho, de dedicação à família. O seu filho, o jovem e conceituado médico, Dr. José Calado Neto, foi prefeito do município de Água Branca, tornando-se, assim, o sucessor político, naquela região de seu pai, que nos deixou exemplo de dignidade, de trabalho, de abnegação e de lealdade.
Papai, na sua característica de gozador, dizia que ele era o único calado que conhecia que falava alto. Realmente, era um vozeirão, quando falava parecia que estava lutando contra o mundo.
Wall Ferraz, que era baixinho, tinha a cara fechada e não andava dando tapinhas nas costas de ninguém, foi uma ave rara na política piauiense. Foi presidente do Centro Estudantal Piauiense. Presidente do Diretório da faculdade de Direito do Piauí. Presidente do Diretório Acadêmico da Faculdade Católica de Filosofia do Piauí. Como educador, exerceu suas funções em vários estabelecimentos de ensino da capital, entre os quais da Faculdade Católica de Filosofia do Piauí e da Universidade Federal do Piauí. Foi secretário da Educação. Membro do Conselho Estadual da Educação. Foi vereador de Teresina (presidindo a Câmara Municipal), vice-prefeito de Teresina, sub-chefe da Casa Civil e diretor do Departamento de Assistência Técnica aos Municípios. Prefeito de Teresina (em dois mandatos). Deputado federal. Um homem de bem.
Afrânio Nunes foi diretor da Escola Normal. Secretário de Estado da Educação. Deputado estadual em várias legislaturas. Foi um dos fundadores e primeiro presidente do Departamento Estudantil da UDN. Foi integrante do Diretório Estadual da UDN, e 1948 até 1965, quando de sua extinção. Membro do Diretório da ARENA e da Executiva do mesmo partido, como tesoureiro. Membro do Diretório do PDS e integrante de sua Executiva, como tesoureiro. Foi Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Piauí. Além disso, Afrânio Nunes foi grande liderança esportiva no Piauí, tendo o Ríver como seu time de coração.
Milton de Aguiar foi deputado estadual em três legislaturas, começando em 21 de abril de 1951 e encerrando em 31 de janeiro de 1963. Ocupou os mais diversos cargos na Mesa Diretora. Foi membro atuante na Comissão de Constituição e Justiça.
No governo Chagas Rodrigues foi 2 secretário da Mesa Diretora, mas teve destaque especial não só por sua atuação como pelo laço de parentesco que o unia ao governante parnaibano. Chagas Rodrigues era casado com dona Maria do Carmo, filha de Zeca de Moraes Correia, irmão de Antônio Moraes, meu marido.
Profundo conhecedor do Regimento Interno da Assembleia, ao qual exigia fiel cumprimento por parte dos colegas. Assíduo ao Plenário, debatia com profundidade os problemas do Piauí, do Brasil e do mundo. Milton de Aguiar era formado em Farmácia, pela Faculdade de Farmácia de Minas Gerais, e em Direito, pela Universidade Federal do Piauí.
Milton era muito amigo de Petrônio Portella. Quando Petrônio teve um acidente de carro e quebrou uma perna, quem o socorreu foi o Milton, que o carregou nos braços até o hospital. Ele tinha muita força. Era um homem notável. Mas, depois, nas eleições de 1963, eles se desentenderam politicamente. Milton quis retornar à política, no cargo de deputado federal e não recebeu apoio de Petrônio Portella.
Ingressou no Ministério da Fazenda, como Fiscal de Consumo.
Em 1978 manifestou desejo de se candidatar a deputado federal. Teve seu nome homologado pela convenção do dia 3 de junho, mas no início de agosto foi internado já em estado grave.
Em meio à confusão da Casa Moraes, eu me encontrava no Rio de Janeiro, por conta do tratamento de saúde de Antônio, quando fui avisada da morte de meu irmão Milton de Aguiar, no dia 13 de agosto (de 1978), no Hospital Getúlio Vargas, em Teresina. Apesar dos inúmeros flertes, morreu solteiro
Só Deus sabe como cheguei aqui, na tarde do dia 14. Minha mãe Gracy, minha irmã Lyline de Aguiar Madeira Campos, meu irmão José de Aguiar e filhos me esperavam no Aeroporto.
Nunca pensei que ele, tão forte nos seus 55 anos de idade, fosse ser abatido pela morte. Mas o corpo de Milton Aguiar estava ali sendo velado no casarão da Avenida Antonino Freire, 1371. Após o velório, o caixão saiu para o Cemitério São José. Homem de muitas amizades, houve acompanhamento muito grande até a última morada.
Lyline regressou a Brasília, onde estava o marido João Madeira Campos e os filhos Patrícia, Joãozinho, Fernando e Ricardo. Todos ainda pequenos. Em Teresina moravam José e os filhos Francisco, David, Marcos, Eurípides e Deolindo Aguiar que sempre estavam no casarão.
Eu estava confusa e na minha cabeça se passavam cenas de minha vida. Antônio tinha ficado no Rio de Janeiro, se recuperando de um AVC. Meus filhos Jozias Benedicto e Lydia também lá. Lúcia, já casada com o Jeff Jennings, morava em Atlanta, Estados Unidos.
Os negócios em São Luís indo de mal a pior. Mas eu tive que ficar no casarão para atender ao cotidiano: os amigos que vinham apresentar pêsames, missa de Sétimo Dia, botar as coisas em dia.
Mamãe estava muito abatida, sem ânimo. Eu olhava para ela e me perguntava: será que ela compreendeu que o Milton faleceu?
Uma tarde, na lojinha que vendia disco aqui ao lado tocou um tango “Mamãe disse: ouça esta música. Era a preferida de seu irmão.”
Estudioso da história do Piauí, fez brilhantes artigos em jornais e revistas piauienses. Pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico do Estado do Piauí, entidade centenária, atualmente sob a presidência do professor Fonseca Neto, da Universidade Federal do Piauí e membro da Academia Piauiense de Letras. Ambas as instituições foram criadas quando papai era governador do Estado (1916 a 1920).
Uma faceta de Milton Aguiar pouco conhecida é a de ter sido um dos iniciadores da crônica social no Piauí, juntamente com o professor A. Tito Filho. Os dois, sob o pseudônimo Áureo, escreviam no jornal O Piauí, bi-semenário comandado por papai.
Do livro Genu Moraes - a Mulher e o Tempo.
Milton de Aguiar, filho de Eurípides Clementino de Aguiar e de Maria das Graças Falcão Lopes Aguiar (Gracy Aguiar) nasceu em Teresina, em 5 de outubro de 1923. Fez os estudos básicos no Liceu Piauiense. Formado em Farmácia e em Direito. Auditor-Fiscal da Receita Federal.
Milton de Aguiar toda a vida procurou imitar papai. Tudo o que ele fazia era para, primeiro, impressionar papai, que lhe devotava atenção especial. Talvez porque foi o filho que procurou seguir sua carreira política.
Após as eleições presidenciais de 2 de dezembro de 1945, tendo em vista incorporar à vida ativa da UDN os dois milhões de eleitores que votaram no brigadeiro Eduardo Gomes, o então secretário geral do partido Virgílio de Mello Franco, voltou a sua preocupação, entre outras ações, para a formação do Departamento Estudantil da UDN. Nessa reestruturação, entre julho e agosto de 1946, quando se reuniu o Diretório Nacional da UDN, grupos de universitários passaram a figurar como um setor de ação especializada do Partido e que tentou refletir em seu interior as demandas estudantis, com ênfase para o movimento universitário. Em outubro de 1946, já constavam mais de trinta estudantes udenistas com cargos na estrutura dos DEs, principalmente na Universidade do Brasil e na Universidade Católica.
Na sua I Convenção Nacional, realizada em julho de 1947, havia estudantes representando os Departamentos Estaduais de dez Estados, além do Distrito Federal, que foram: Amazonas, Paraíba, Ceará, Alagoas, Sergipe, Santa Catarina, Estado do Rio, Minas Gerais, Goiás e São Paulo. Dois anos mais tarde, na reunião do Conselho do DEN, realizada em São Paulo, no ano de 1949, constou a organização dos departamentos estaduais do Piauí, da Bahia, do Paraná e do Rio Grande do Sul, e na reunião de 1950, os estudantes udenistas já possuíam alguma organização também nos Estados do Espírito Santo, Mato Grosso e Rio Grande do Norte, chegando, assim, a ter presença organizada em dezessete Estados e no Distrito Federal.
No Piauí, o Departamento Estudantil da UDN foi formado, entre outros, por Milton de Aguiar, Adelmar Neiva, José Caldas Brito, Genez de Moura Lima, Wall Ferraz, Joaquim Gomes Calado, de Água Branca, Washington, Ludgero e Roberto Raulino, de Altos, e Afrânio Nunes, que foi, durante quatro anos, seu presidente. Dois números de jornais foram editados. Os membros foram ativos na política do Piauí.
Joaquim Gomes Calado, homem dedicado à política desde os primeiros anos da sua mocidade. Tendo exercido as funções de vereador no município de São Pedro do Piauí, de prefeito de Água Branca, foi deputado estadual em duas legislaturas, além de haver desempenhado as funções de Diretor da antiga SAPS.
Homem simples, comunicativo e fiel aos compromissos políticos assumidos, desfrutou no Piauí de grande conceito, sobretudo, nos municípios em que exerceu larga liderança política. Deu sempre o melhor exemplo de trabalho, de dedicação à família. O seu filho, o jovem e conceituado médico, Dr. José Calado Neto, foi prefeito do município de Água Branca, tornando-se, assim, o sucessor político, naquela região de seu pai, que nos deixou exemplo de dignidade, de trabalho, de abnegação e de lealdade.
Papai, na sua característica de gozador, dizia que ele era o único calado que conhecia que falava alto. Realmente, era um vozeirão, quando falava parecia que estava lutando contra o mundo.
Wall Ferraz, que era baixinho, tinha a cara fechada e não andava dando tapinhas nas costas de ninguém, foi uma ave rara na política piauiense. Foi presidente do Centro Estudantal Piauiense. Presidente do Diretório da faculdade de Direito do Piauí. Presidente do Diretório Acadêmico da Faculdade Católica de Filosofia do Piauí. Como educador, exerceu suas funções em vários estabelecimentos de ensino da capital, entre os quais da Faculdade Católica de Filosofia do Piauí e da Universidade Federal do Piauí. Foi secretário da Educação. Membro do Conselho Estadual da Educação. Foi vereador de Teresina (presidindo a Câmara Municipal), vice-prefeito de Teresina, sub-chefe da Casa Civil e diretor do Departamento de Assistência Técnica aos Municípios. Prefeito de Teresina (em dois mandatos). Deputado federal. Um homem de bem.
Afrânio Nunes foi diretor da Escola Normal. Secretário de Estado da Educação. Deputado estadual em várias legislaturas. Foi um dos fundadores e primeiro presidente do Departamento Estudantil da UDN. Foi integrante do Diretório Estadual da UDN, e 1948 até 1965, quando de sua extinção. Membro do Diretório da ARENA e da Executiva do mesmo partido, como tesoureiro. Membro do Diretório do PDS e integrante de sua Executiva, como tesoureiro. Foi Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Piauí. Além disso, Afrânio Nunes foi grande liderança esportiva no Piauí, tendo o Ríver como seu time de coração.
Milton de Aguiar foi deputado estadual em três legislaturas, começando em 21 de abril de 1951 e encerrando em 31 de janeiro de 1963. Ocupou os mais diversos cargos na Mesa Diretora. Foi membro atuante na Comissão de Constituição e Justiça.
No governo Chagas Rodrigues foi 2 secretário da Mesa Diretora, mas teve destaque especial não só por sua atuação como pelo laço de parentesco que o unia ao governante parnaibano. Chagas Rodrigues era casado com dona Maria do Carmo, filha de Zeca de Moraes Correia, irmão de Antônio Moraes, meu marido.
Profundo conhecedor do Regimento Interno da Assembleia, ao qual exigia fiel cumprimento por parte dos colegas. Assíduo ao Plenário, debatia com profundidade os problemas do Piauí, do Brasil e do mundo. Milton de Aguiar era formado em Farmácia, pela Faculdade de Farmácia de Minas Gerais, e em Direito, pela Universidade Federal do Piauí.
Milton era muito amigo de Petrônio Portella. Quando Petrônio teve um acidente de carro e quebrou uma perna, quem o socorreu foi o Milton, que o carregou nos braços até o hospital. Ele tinha muita força. Era um homem notável. Mas, depois, nas eleições de 1963, eles se desentenderam politicamente. Milton quis retornar à política, no cargo de deputado federal e não recebeu apoio de Petrônio Portella.
Ingressou no Ministério da Fazenda, como Fiscal de Consumo.
Em 1978 manifestou desejo de se candidatar a deputado federal. Teve seu nome homologado pela convenção do dia 3 de junho, mas no início de agosto foi internado já em estado grave.
Em meio à confusão da Casa Moraes, eu me encontrava no Rio de Janeiro, por conta do tratamento de saúde de Antônio, quando fui avisada da morte de meu irmão Milton de Aguiar, no dia 13 de agosto (de 1978), no Hospital Getúlio Vargas, em Teresina. Apesar dos inúmeros flertes, morreu solteiro
Só Deus sabe como cheguei aqui, na tarde do dia 14. Minha mãe Gracy, minha irmã Lyline de Aguiar Madeira Campos, meu irmão José de Aguiar e filhos me esperavam no Aeroporto.
Nunca pensei que ele, tão forte nos seus 55 anos de idade, fosse ser abatido pela morte. Mas o corpo de Milton Aguiar estava ali sendo velado no casarão da Avenida Antonino Freire, 1371. Após o velório, o caixão saiu para o Cemitério São José. Homem de muitas amizades, houve acompanhamento muito grande até a última morada.
Lyline regressou a Brasília, onde estava o marido João Madeira Campos e os filhos Patrícia, Joãozinho, Fernando e Ricardo. Todos ainda pequenos. Em Teresina moravam José e os filhos Francisco, David, Marcos, Eurípides e Deolindo Aguiar que sempre estavam no casarão.
Eu estava confusa e na minha cabeça se passavam cenas de minha vida. Antônio tinha ficado no Rio de Janeiro, se recuperando de um AVC. Meus filhos Jozias Benedicto e Lydia também lá. Lúcia, já casada com o Jeff Jennings, morava em Atlanta, Estados Unidos.
Os negócios em São Luís indo de mal a pior. Mas eu tive que ficar no casarão para atender ao cotidiano: os amigos que vinham apresentar pêsames, missa de Sétimo Dia, botar as coisas em dia.
Mamãe estava muito abatida, sem ânimo. Eu olhava para ela e me perguntava: será que ela compreendeu que o Milton faleceu?
Uma tarde, na lojinha que vendia disco aqui ao lado tocou um tango “Mamãe disse: ouça esta música. Era a preferida de seu irmão.”
Estudioso da história do Piauí, fez brilhantes artigos em jornais e revistas piauienses. Pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico do Estado do Piauí, entidade centenária, atualmente sob a presidência do professor Fonseca Neto, da Universidade Federal do Piauí e membro da Academia Piauiense de Letras. Ambas as instituições foram criadas quando papai era governador do Estado (1916 a 1920).
Uma faceta de Milton Aguiar pouco conhecida é a de ter sido um dos iniciadores da crônica social no Piauí, juntamente com o professor A. Tito Filho. Os dois, sob o pseudônimo Áureo, escreviam no jornal O Piauí, bi-semenário comandado por papai.
Do livro Genu Moraes - a Mulher e o Tempo.
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