Emerson Araújo
A rosa branca que trago
Envolta em papel crepom
Põe-se na mão da mulher
Névoa inominável, manhã.
A rosa branca, celebração
Cálice de vinho seco
Papel e fumaça, cabeça de artista
Odor que chega, janela aberta
Outro arabesco.
Não há diálogo lógico, imagem acariciada
Apenas dedos, sopros tirando canção
Pétalas, taça de vidro
E soluços sobre o navio, carne e osso
Alçados da sombra, nosso poço.
A rosa branca, seus jasmins
A rosa branca caída
A espera do beijo, fogo
Âncora de barco sem vela
Lápide de pedra preciosa
A paz em escudo posto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário