quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Memórias da África

Gilson Caland. Foto de Kenard Kruel.

A partir do próximo ano todas as escolas do país deverão adotar a disciplina "História da África" e para oferecer subsídios aos professores piauienses será realizado o seminário "Memórias da África", que faz parte da edição 2009 do projeto Noites de História.

O evento acontece nos dias 13, 16 e 17 de novembro no au-ditório do colégio Diocesano e vai reunir palestrantes de renome. "Queremos oferecer subsídios para a construção do estudo da África e para a compreensão da relação entre este país e o Brasil", explicou o professor de história Gilson Caland.

Ele resgatou o projeto, criado em 1990 pelo poeta e advogado Paulo Machado e pelo sociólogo Ferdinand Cavalcante, com o intuito de lançar luzes sobre alguns temas relacionados à história do Piauí.

O seminário de 2007 teve como tema "A invenção do Piauí" e em 2008 foi a vês de "Rebeldes e contestadores". Nessa edição, quem irá abrir a programação é o professor e Mestre em História, Henrique Cunha Júnior (de Fortaleza-CE), que irá falar sobre "Educação e afrodescendência". No dia 16, o professor Doutor africano Francis Musa Boakari vai falar sobre a "Diáspora negra nas Américas". O poeta e Doutor em literatura afrobrasileira, Élio Ferreira, vai discutir o tema "Literatura e cultura africana nas Américas". No dia 17, último dia do evento, o antropólogo baiano Luis Mott irá falar sobre "A escravidão no Piauí Colonial". O tema é objeto de pesquisa do professor, se concentrando na cidade de Oeiras. O mesmo assunto será abordado pelo professor Dr. Solimar Lima.

Gilson Caland explica que o público-alvo do seminário são os professores, mas quem tiver interesse em conhecer um pouco mais sobre o assunto pode se inscrever. A taxa de inscrição é de R$ 10 e ao final os participantes receberão um certificado de 20 horas, expedido pela Universidade Federal do Piauí. "A igualdade racial existe teoricamente. A criação da lei - bem como esse tipo de discussão - tenta corrigir a questão do racismo na história do Brasil", concluiu o professor.

Fonte: Jornal Diário do Povo.

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