segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Carlos Castelo Branco

Castelo e Élvia, ladeados pelos filhos Pedro e Luciana (E) e Rodrigo (D).

João Cláudio Moreno

Texto bem informativo esse do Chico Castro sobre o Carlos Castelo Branco. Pela convivência com a Élvia (viúva do Castelinho) ele deve saber muito mais coisas. Ocorreu-me acrescentar a quem não saiba, que o acervo de Castelo, seu livros, medalhas, honrarias e até o fardão da academia Brasileira de letras estão expostos e muito bem cuidados na casa de cultura de Teresina, antiga residência do Barão de Gurgueia, na Praça Saraiva. Que o padrinho de casamento de Castelo e Élvia, embaixador Espedito Rezende (Espedito mesmo com S) era também piauiense de Piripiri. Que o Castelo tem um irmão, o Lucídio, simpaticíssimo, também muito bom jornalista. Mora no Rio Grande do Sul, desde 1949. Foi presidente da Federação Nacional dos Jornalistas. Eu conheci a peça, acompanhado da esposa Lina, numa fila de banco no dia 1º de junho de 2005, quando o Kenard Kruel realizou a Semana Castelinho e o trouxe aqui. Lucídio lançou o livro Da Memória de um Repórter e foi homenageado pelo Sindicato dos Jornalistas do Piauí. Para a Semana, veio, também, o neto de Castelinho, o Carlos Mateus, que mora em Brasilia. Que quando o Heráclito Fortes era prefeito, eu como secretário de Cultura do município fui testemunha ocular: O Castelo veio a Teresina e, ao lado de outros inúmeros piauienses ilustres que brilhavam em nivel nacional, recebeu a Medalha do Mérito Conselheiro Saraiva. Na ocasião, entre tanta gente importante, como o governador do Rio Moreira Franco e o ex governador de Minas Francelino Pereira, Castelo era o mais paparicado. Calado, feio, imóvel, tímido, falava baixo uma palavra por hora. No meio do coquetel sumiu por algum tempo e depois revelara numa crônica que descera as escadarias do Palácio da Cidade, na Praca da Bandeira, e fora a pé, primeiras horas da madrugada, até à praça Landri Sales rever o prédio do Liceu, onde estudara. A crônica é cheia de reminiscências surpreendentes para aqueles que julgavam que Castelinho nao se sentia piauiense. A crônica existe, muita gente sabe dela. Queria que o Chico Castro puxasse à tona de algum arquivo pra que eu pudesse lê-la de novo, uma jóia! Tambem quando a Élvia veio à posse do professor Benjamim do Rêgo Monteiro, na cadeira vaga de Castelo, na Academia Piauiense de Letras, foi uma das ociasiões mais engraçadas que eu já pude presenciar em toda a minha vida. Só para resumir a história, a solenidade começou com duas hora de atraso porque o professor Benjamim havia esquecido que naquela data tomaria posse. O que aconteceu depois de sua chegada ao auditório do Sebrae, se eu for contar dá três bons shows de humor, originais e inteligentes. Ainda bem que a Élvia conhecia o professor Benjamim e vice versa.

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