sábado, 17 de outubro de 2009

História do Padre Solon (I)

Zé Elias Arêa Leão. Foto de Kenard Kruel.

O Ferrer Freitas, embaixador vitalício de Oeiras, com a sua croniqueta abaixo, sobre a Nós e Elis, me lembrou uma viagem que fizemos à terra natal de O. G. Rêgo de Carvalho. Aliás, nesse tempo de Ferrer Freitas, sendo o segundo da secretaria da Cultura, Desportos e Turismo na administração Padre Solon (governo Bona Medeiros), quase todos os dias estávamos na terra do Possidônio Queiroz em alguma obra por lá. Nnca se fez tanto pela primeira Capital do Piauí em tão pouco tempo (Nove Meses, salvo engano). Pois bem, o carro da repartição, em que anadava o Padre Solon, quebrou. Naqueles tempos, os carros viviam quebrando, não são como os carros petistas de agora, tudo novinho em folha, ar condicionado, freezer com muitas geladinhas, bastante caviar, uísque escocês de 200 anos, louras bonitas para os homens, negões bem dotados para as mulheres etc etc etc... O Ferrer Freitas, que tinha ido no seu (carro particular) - ele quase não usava os oficiais. Tai uma pessoa passando da conta de honesta! - se ofereceu para trazer o Padre Solon e comitiva de assessores - Eu, José Elias Martins Arêa Leão Castelo Branco, Albert Piauí, Paulo Moura, Arnaldo Albuquerque, Luiza Vitória Tajra (a Sulika) etc etc etc -. O Padre Solon deu um grito pavoroso, dizendo NÃO bem forte, bem bravo, bem de doer nos ouvidos mesmo.

- Com esse homem eu não vou. Eu o conheço de outros carnavais. Todo o momento ele pára para dar carona a alguém. E o carro dele, com vocês, já está por demais além da lotação. Não vou não. Prefiro ir caminhando mesmo. Ou em algum pau de arara. Deus ajuda quem por Ele faz!

- Padre Solon, pelo Joca Oeiras, eu prometo que não dou carona para ninguém. Não me faça essa desfeita, pelo amor dos Tapetis e dos Bsás! Por jupíter! Disse o Ferrer Freitas.

- Tá bem, mas não primeira carona eu pulo fora. Tá avisado. respondeu, na bucha o Padre Solon.

Na primeira esquina, na saída de Oeiras, estava uma negona, parada na parada de ônibus, com um balaio cheio de galinhas, patos, banda de leitão, doces, tapiocas, fritos, mangas, bananas o escambau... Estava vindo para Teresina. Tratamento médico. Dor de cabeça que não parava de doer.

- Por Nossa Senhora das Amamentações, Padre Solon, é a dona Filó, nega velha que me amamentou por anos, com os seus peitões que ainda hoje dão leite na boca só de me lembrar! Não posso deixar de dar carona para ela não... E foi parando. Nisso o Padre Solon abriu bem as pernas (ele ia na parte de trás do carro). Na frente, no banco do carona, por ser bem gordinho naquele tempo, ia o Paulo Moura. Carro duas portas. Paulo Moura desceu, dona Filó foi entrando, com o seu balaio e uma bunda e uns peitões que só vendo para acreditar... E o Padre Solon com as pernas bem abertas. E assim ficou, sem nem piscar...

- O senhor poderia fechar as pernas para eu poder me agasalhar melhor!?

- Posso não, mas o José Elias Martins Arêa Leão Castelo Branco pode fechar melhor as deles. Esse eu sei que não tem ovos para quebrar...

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