Jabuti Fonteles. Foto sem crédito.
Meu nome é Gilberto Fonteles, também conhecido como Jabuti Fonteles. Os inúmeros amigos que tenho no Brasil sabem que estou, há muitos anos, radicado na Alemanha fazendo o que sempre fiz, música, pois esta é a minha profissão. Aliás, não apenas minha mas, também, de muitos de meus irmãos e irmãs. Através de uma delas, Zezé Fonteles, fiquei sabendo desta iniciativa de resgate histórico cultural não apenas de Teresina mas do Piauí como um todo, que irá se consubstanciar num livro sobre o bar Nós e Elis. Ocorre que, não saberia dizer se feliz ou infelizmente, estou, no momento, fazendo uma tournée o que faz com que o meu tempo esteja deveras limitado. Como sei da importância do trabalho que estão fazendo, não quis deixar de contribuir, mas peço que me desculpem pelo caráter sucinto da supradita contribuição.
Na época em que o Nós & Elis foi inaugurado, eu morava em Fortaleza. Através de minhas irmãs (Zezé, Tânia e Nazaré Fonteles) que viviam em Teresina, o Elias Prado Júnior – grande amigo, desde menino, ainda na Parnaíba, dos Fonteles – soube de uma de minhas visitas à Cidade Verde e, logo, interessou-se em organizar um show meu no “Nós e Elis” Fiquei agradavelmente surpreso com a interação que se dava entre os artistas que ali se apresentavam e os freqüentadores do bar, um clima de respeito e carinho dificilmente sentido em outros lugares até maiores e mais bem aparelhados.
Também foi um muito prazeroso estabelecer novas amizades com músicos como Garibaldi, Ramsés e Carla Ramos, Rubeni Miranda, Rubens Lima, Machado Júnior, Adalberto Junior (Bebeto), Solange Leal, Fátima Lema, Rosinha Amorim, Júlio Medeiros, Fifi Bezerra, André Luiz etc., além de fortalecer laços com velhos amigos como Geraldo Brito, Emerson Boy, Roraima, Edvaldo Nascimento, Durvalino Couto, Ronaldo Bringel, Viriato Campelo, José Dantas e Roberto Sabóia e tantos outros que não me vem agora à mente, não por serem menos importantes como amigos ou como músicos mas pelo largo tempo que nos separa.
Quando voltei a Fortaleza, espalhei para os quatro cantos da capital alencarina o que havia visto e vivido nessa minha visita a Teresina. Daí, nos anos seguintes, Nós & Elis foi o palco de vários artistas cearenses, entre ao quais Calé Alencar, Dilson Pinheiro, Eugenio Leandro, Amaro Penna, Humberto Pinho, Kátia Freitas, Cristina Franciscutti, todos eles no intuito de ampliar seus horizontes e cativar novos públicos através do ambiente acolhedor que o Nós & Elis proporcionava.
Finalizando minha comedida, mas sincera, contribuição a este capítulo da história da música piauiense, gostaria de frisar que o que restaram em minha memória foram básicamente coisas boas, pois as desagradavéis já bastam nessa árdua caminhada de artista e cidadão desse planeta.
Gilberto Fonteles, Jabuti (de Berlim, Alemanha).
Um comentário:
Se os demais textos do livro forem desse nivel..
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