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Não tenho opinado muito e nem escrito nada sobre a ciência do direito e suas decisões subtraídas de homens de preto. Talvez, por nunca ter acreditado que esta ciência social pudesse acrescentar alguma coisa para o ser humano ou amenizar um dado qualquer de injustiça. Sempre vi a ciência do direito como um meio suspeito de ofertar justiça a quem não a tem por aí. E olhe lá que eu não fui um aluno medíocre desta ciência que me tornou bacharel por influência da família.
Olha, devo lembrar aqui que sou de uma família de artífices (gráficos, sapateiros, alfaiates e eletricistas) e de uma extensão de professores e bacharéis. Sempre gostei mais dos artífices, eram mais solidários, menos exigentes, sem etiquetas e ares imperiais.
Lendo, ouvindo e vendo as últimas decisões do STF no tocante a algumas postulações do direito criminal resolvi nesta segunda-feira sem sol e sem sal, colocar meu dedo de bacharel nessas coisas-meio. Sempre imaginei o STF como uma corte e assim será, a serviço de uma justiça falida e de feitura administrativa emperrada. Portanto, o que emana de lá não tem cheiro, às vezes. É o que vem agora, não tem cheiro mesmo, apenas dar lugar mais uma vez a quem tem dinheiro para poder ficar imune aos seus mais intensos delitos que intentam contra a vida humana e que acredita que o processo lento e paulatino tem que dar sustento hereditário, também, a advogados ávidos e fóruns que não tramitam.
Não quero macular o estado de direito e nem a livre defesa, mas dar guarda a criminoso que tem dinheiro é, no mínimo, refairmar a crença que a justiça é mãe e pai do ilícito e que a ciência social do direito através dos seus operadores, é uma mera brincadeira do "fazer de conta", do "fazer nada" mesmo.
Vou ficando por aqui quase lentão a mercês da próxima decisão onisciente dos homens de preto que consolidam, ainda, o querer das instituições corporativas do nosso tempo.
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