Elias Prado Jr., nos tempos do Nós e Elis.
Foto: acervo Paulo Aquino. maio 86.
Emblematicamente inaugurado no dia 25 de Abril de 1984 enquanto o Congresso Nacional votava a emenda Dante de Oliveira que previa eleições diretas para a Presidência da República já em 1985, aspiração de todo o povo brasileiro frustrada, já na madrugada do dia 26, pela sabujice e proverbial covardia dos políticos. Nascido, seja como for, no embalo daquela memorável campanha, o Bar Nós e Elis se tornaria, nos anos seguintes, o centro de irradiação cultural mais importante que Teresina nunca mais teve desde o seu fechamento, em meados de 1994, ainda não me foi possível precisar a data.
Eu nada sabia desse bar até os primeiros dias do último mês de novembro quando o Paulo Moura – cartunista premiado, jornalista e artista gráfico –– um colaborador do “Portal do Sertão”, sítio virtual da Fundação Nogueira Tapety – FNT enviou-nos uma crônica onde se dizia saudoso, e mesmo, órfão, do bar teresinense que funcionara, por cerca de dez anos, nas décadas de 80 e 90 do século passado nas proximidades da Universidade Federal do Piauí UFPI. E cuja existência se constituía, em sua opinião num verdadeiro divisor de águas: Teresina nunca tinha sido a mesma depois que aquele bar fechou suas portas.
Curioso; eu, que nunca tinha ouvido sequer falarem nesse bar, comecei a indagar, aqui e ali e, a cada indagação mais me convencia da enorme relevância que teve, para a sociedade teresinense, a existência do “Nós e Elis”, que era esse o nome do estabelecimento. Às pessoas com as quais conversava, propunha que escrevessem sobre o saudoso bar que teve freqüentadores extremante assíduos. Daí que, de novembro paras cá, 15 crônicas já foram publicadas, há três delas em processo de postagem e muitas outras prometidas sendo que, algumas pessoas garantem tratar-se apenas da ponta do iceberg e que, basta esperar mais um pouco, e vão chover crônicas e testemunhos sobre o Nós e Elis.
O fato é que, para variar, estou metido em uma nova empreitada “memorialística” muito semelhante aquela em que muitos de vocês se meteram, comigo, tempos atrás, aqui no overmundo, onde o tema que nos propusemos foram “Reminiscências da Escola".
Nós e Elis - "Eu mesma, no trajeto que percorri pela UFPI no final dos anos 80 e início dos 90, ainda fiz do "Nós e Elis" o meu abrigo ("onde abrigas vagabundos, sonhos de amor, e embriaga teus poetas"). Nem de grana se precisava pra ser feliz ali, era só contar as moedas e brindar a arte dos que nos rodeavam. Voltei pra Pio IX, e cada vez que venho a Teresina é desse mesmo refúgio que sinto falta. Nada me cabe na noite Teresinense, atualmente. E ficava a pensar que tipo de saudosismo era esse, que dava notas de incomparável, a um barzinho numa ponta de esquina, sem portas nem teto. Agora, seguindo as pegadas que Joca Oeiras revela, dos seus frequentadores, donos, artistas, farristas, posso decifrar o meu encanto. E assim seguir desejando de volta o "Nós e Elis", onde o palco cabia todos, porque era a arte que se respirava." Rosa Melo.
“Lá é que a gente encontrava todo mundo... alguns nem se pode dizer que eram do bem. Mas fazer o que.. era lá que as coisas aconteciam de verdade! Beijos”. Rita Fonteles.
"Eu me emocionei muito quando assisti o filme de Hugo Carvana “Bar Esperança o Último que Fecha”. Vi esse filmes varias vezes. No final, o bar – palco diário, embora noturno, de todas as descargas emocionais de uma turma enorme de gente boa frustrada ou não – acaba sendo fechado para demolição e, no último dia, entre drinques,fumaça de cigarro, choro, brigas, discussões inúteis, guerra de egos, cantadas e muita filosofia barata as portas são fechadas e num silencio comovido as pessoas se abraçam e cantam ‘Travessia’, do Milton Nascimento. Sem instrumentos, tudo a capela. Era o último dia do Bar Esperança o último que fecha! Eu vi essa cena, repetidas vezes, no “Nós e Elis”, Antes de ver o filme. No “Nós e Elis”pintavam coisas assim. E era tão próximo o contacto físico de um com o outro porque o espaço era pequeno e o público, enorme. E como não havia mesmo outra opção as pessoas não se importavam de ficar em pé, no pé do balcão ou amontoadas no colo umas das outras. Ali rolava política, muito jazz, muita conversa, drogas evidentemente, e flertes que acabavam numa noite de amor na maioria das vezes" João Cláudio Moreno.
Jamais se poderia entender o prestígio que o local gozou, durante anos, se se tentasse ignorar quem foi o seu dono e idealizador. Político (e filho de político), Elias Ximenes do Prado Jr , uma forte personalidade, era amado por muitos e odiado por alguns.
As histórias que contam dele o descrevem como uma pessoa de temperamento explosivo cujo humor variava de 2 a 100 em poucos segundos. Entrava em brigas homéricas mas, já no dia seguinte, conversava, amigavelmente, com o seu contendor da véspera. Há, no entanto, detalhes de seu comportamento que não variavam: o consumo da cachaça piauiense Mangueira e, nos últimos anos de existência do bar, do conhaque Macieira 5 estrelas, companheiro inseparável e sorvido, a noite toda, em pequenos goles.
Foi o primeiro dono de Bar em Teresina a pagar cachê aos músicos com trabalhos autorais ou interpretes de músicas de qualidade – os que assim a definem o fazem em contraposição à que denominam “música de churrascaria” onde um ou dois cantores apresentam-se tocando um órgão e cantando, em geral, guarânias e boleros. A iniciativa do “Nós e Elis” acabou tornando-se uma prática generalizada e possibilitando a profissionalização dos músicos teresinenses criando um verdadeiro Mercado de Trabalho para estes profissionais. O Elias revelava uma grande consideração pelos artistas que lá se apresentavam, como salienta o músico Paulo Aquino, ex integrante do Grupo Candeia: “A ira do Elias era pra quem se insurgisse contra algum artista do bar; nós, artistas, éramos intocáveis perante sua ótica; ele era nosso fiel e principal escudeiro, indo às vias de fato, caso necessário”.
O bar,chegam a dizer, o Elias criou para si mesmo. Filiado ao PDT, admirador incondicional do Leonel Brizola e de Elis Regina, fazia política o tempo todo, conversando de mesa em mesa, discutindo e polemizando. Foi, também o primeiro Bar a apresentar música ao vivo diáriamente. Havia o artista contratado, e religiosamente pago ao final de sua apresentação e, depois disso, sucediam-se canjas que prolongavam o horário de funcionamento do bar, muitas vezes, até a manhã do dia seguinte.
Além do dono, mas também por responsabilidade dele, o Bar possuía outros diferencias, como mostra esta descrição do humorista João Cláudio Moreno:
“O bar "Nós e Elis" era quase nada, talvez trintas mesas apertadamente distribuídas, num vão aberto, sem portas, numa esquina. A multidão assistente era o isolamento acústico. Espaço pequeno, aconchegante, e um palco italiano privilegiado, vasto de dimensões, luz, som, caixas de retorno, mesa e técnico operador, piso de madeira, quarta parede, tudo quanto manda o figurino. Na verdade o "Nós e Elis" era mais palco do que qualquer outra coisa...”
O próprio João Cláudio Moreno – humorista que chegou a trabalhar com o Chico Anísio na Globo (fazia o Caretano Zeloso enquanto o Chico interpretava o Zelberto Zel) – inicio sua carreira artística no “Nós e Elis” como nos relata em sua deliciosa crônica “Sei que fui de ônibus”.
O maestro Aurélio Melo, atualmente regendo a Orquestra Sinfônica de Teresina, entre outras atividades no campo da música – Coral dos Vaqueiros e o Grupo Musical “Ensaio Vocal”, por exemplo – lembra em sua bem humorada crônica “Meu Bar doce Bar”“Bastava sair um novo disco do Chico, do Caetano, Gil ou do Milton, pronto, tinha discussão nas mesas do Nós e Elis. Um novo filme, um livro, futebol, até fórmula um, tudo era motivo pra gente se encontrar lá.
A única coisa que me preocupou, na época, foi o esvaziamento de shows musicais no Theatro 4 de Setembro, pois era mais “cômodo” pra gente armar uma produção pequena e fazer no Nós Elis que já tinha o público garantido.”
Não se pense, no entanto, que o bar, em si mesmo, não tinha o seu valor. O premiado cartunista Albert Piauí, presidente da Fundação Nacional do Humor e responsável pelo Salão Anual de Humor do Piauí – um dos mais respeitados do país e até, internacionalmente – afirmou em depoimento a mim prestado:
“A cozinha era o ponto alto do Nós e Elis. Não servia refeição, mas tira-gosto. O meu preferido era a moela ao molho de ketchup. Serviam também casquinha de siri e patinhas de carangueijo Quanto às bebidas, tinha todas as que são servidas hoje num hotel 5 estrelas – vinhos, licores, conhaques, vodcas; uiskis, nacionais e importadas. Produziam drinks variados e de grande beleza plástica. Aliás, primavam por isso. Foi o primeiro bar a fazer constar cachaça no cardápio de bebidas. A marvada era discriminada nos bares e restaurantes ditos “de elite”. Diga-se de passagem, a pinga Mangueira foi, durante vários anos, a bebida favorita do Prado Jr.”
Muitas pessoas, casadas até hoje, se conheceram no bar assim como, é natural, muitos casais lá se desfizeram, Todas estas coisas acabaram fazendo do lugar um concentrado da memória de centenas de pessoas que, hoje, constituem a elite cultural da sociedade teresinense. Julgo, sinceramente, que esta minha dedicação em reviver, nelas, essa época tão especial (“Éramos felizes e sabíamos”, como disse o poeta e publicitário Durvalino Couto Filho) constitui-se, também, numa importante e límpida fonte para os estudiosos da História de Teresina.
Eu nada sabia desse bar até os primeiros dias do último mês de novembro quando o Paulo Moura – cartunista premiado, jornalista e artista gráfico –– um colaborador do “Portal do Sertão”, sítio virtual da Fundação Nogueira Tapety – FNT enviou-nos uma crônica onde se dizia saudoso, e mesmo, órfão, do bar teresinense que funcionara, por cerca de dez anos, nas décadas de 80 e 90 do século passado nas proximidades da Universidade Federal do Piauí UFPI. E cuja existência se constituía, em sua opinião num verdadeiro divisor de águas: Teresina nunca tinha sido a mesma depois que aquele bar fechou suas portas.
Curioso; eu, que nunca tinha ouvido sequer falarem nesse bar, comecei a indagar, aqui e ali e, a cada indagação mais me convencia da enorme relevância que teve, para a sociedade teresinense, a existência do “Nós e Elis”, que era esse o nome do estabelecimento. Às pessoas com as quais conversava, propunha que escrevessem sobre o saudoso bar que teve freqüentadores extremante assíduos. Daí que, de novembro paras cá, 15 crônicas já foram publicadas, há três delas em processo de postagem e muitas outras prometidas sendo que, algumas pessoas garantem tratar-se apenas da ponta do iceberg e que, basta esperar mais um pouco, e vão chover crônicas e testemunhos sobre o Nós e Elis.
O fato é que, para variar, estou metido em uma nova empreitada “memorialística” muito semelhante aquela em que muitos de vocês se meteram, comigo, tempos atrás, aqui no overmundo, onde o tema que nos propusemos foram “Reminiscências da Escola".
Nós e Elis - "Eu mesma, no trajeto que percorri pela UFPI no final dos anos 80 e início dos 90, ainda fiz do "Nós e Elis" o meu abrigo ("onde abrigas vagabundos, sonhos de amor, e embriaga teus poetas"). Nem de grana se precisava pra ser feliz ali, era só contar as moedas e brindar a arte dos que nos rodeavam. Voltei pra Pio IX, e cada vez que venho a Teresina é desse mesmo refúgio que sinto falta. Nada me cabe na noite Teresinense, atualmente. E ficava a pensar que tipo de saudosismo era esse, que dava notas de incomparável, a um barzinho numa ponta de esquina, sem portas nem teto. Agora, seguindo as pegadas que Joca Oeiras revela, dos seus frequentadores, donos, artistas, farristas, posso decifrar o meu encanto. E assim seguir desejando de volta o "Nós e Elis", onde o palco cabia todos, porque era a arte que se respirava." Rosa Melo.
“Lá é que a gente encontrava todo mundo... alguns nem se pode dizer que eram do bem. Mas fazer o que.. era lá que as coisas aconteciam de verdade! Beijos”. Rita Fonteles.
"Eu me emocionei muito quando assisti o filme de Hugo Carvana “Bar Esperança o Último que Fecha”. Vi esse filmes varias vezes. No final, o bar – palco diário, embora noturno, de todas as descargas emocionais de uma turma enorme de gente boa frustrada ou não – acaba sendo fechado para demolição e, no último dia, entre drinques,fumaça de cigarro, choro, brigas, discussões inúteis, guerra de egos, cantadas e muita filosofia barata as portas são fechadas e num silencio comovido as pessoas se abraçam e cantam ‘Travessia’, do Milton Nascimento. Sem instrumentos, tudo a capela. Era o último dia do Bar Esperança o último que fecha! Eu vi essa cena, repetidas vezes, no “Nós e Elis”, Antes de ver o filme. No “Nós e Elis”pintavam coisas assim. E era tão próximo o contacto físico de um com o outro porque o espaço era pequeno e o público, enorme. E como não havia mesmo outra opção as pessoas não se importavam de ficar em pé, no pé do balcão ou amontoadas no colo umas das outras. Ali rolava política, muito jazz, muita conversa, drogas evidentemente, e flertes que acabavam numa noite de amor na maioria das vezes" João Cláudio Moreno.
Jamais se poderia entender o prestígio que o local gozou, durante anos, se se tentasse ignorar quem foi o seu dono e idealizador. Político (e filho de político), Elias Ximenes do Prado Jr , uma forte personalidade, era amado por muitos e odiado por alguns.
As histórias que contam dele o descrevem como uma pessoa de temperamento explosivo cujo humor variava de 2 a 100 em poucos segundos. Entrava em brigas homéricas mas, já no dia seguinte, conversava, amigavelmente, com o seu contendor da véspera. Há, no entanto, detalhes de seu comportamento que não variavam: o consumo da cachaça piauiense Mangueira e, nos últimos anos de existência do bar, do conhaque Macieira 5 estrelas, companheiro inseparável e sorvido, a noite toda, em pequenos goles.
Foi o primeiro dono de Bar em Teresina a pagar cachê aos músicos com trabalhos autorais ou interpretes de músicas de qualidade – os que assim a definem o fazem em contraposição à que denominam “música de churrascaria” onde um ou dois cantores apresentam-se tocando um órgão e cantando, em geral, guarânias e boleros. A iniciativa do “Nós e Elis” acabou tornando-se uma prática generalizada e possibilitando a profissionalização dos músicos teresinenses criando um verdadeiro Mercado de Trabalho para estes profissionais. O Elias revelava uma grande consideração pelos artistas que lá se apresentavam, como salienta o músico Paulo Aquino, ex integrante do Grupo Candeia: “A ira do Elias era pra quem se insurgisse contra algum artista do bar; nós, artistas, éramos intocáveis perante sua ótica; ele era nosso fiel e principal escudeiro, indo às vias de fato, caso necessário”.
O bar,chegam a dizer, o Elias criou para si mesmo. Filiado ao PDT, admirador incondicional do Leonel Brizola e de Elis Regina, fazia política o tempo todo, conversando de mesa em mesa, discutindo e polemizando. Foi, também o primeiro Bar a apresentar música ao vivo diáriamente. Havia o artista contratado, e religiosamente pago ao final de sua apresentação e, depois disso, sucediam-se canjas que prolongavam o horário de funcionamento do bar, muitas vezes, até a manhã do dia seguinte.
Além do dono, mas também por responsabilidade dele, o Bar possuía outros diferencias, como mostra esta descrição do humorista João Cláudio Moreno:
“O bar "Nós e Elis" era quase nada, talvez trintas mesas apertadamente distribuídas, num vão aberto, sem portas, numa esquina. A multidão assistente era o isolamento acústico. Espaço pequeno, aconchegante, e um palco italiano privilegiado, vasto de dimensões, luz, som, caixas de retorno, mesa e técnico operador, piso de madeira, quarta parede, tudo quanto manda o figurino. Na verdade o "Nós e Elis" era mais palco do que qualquer outra coisa...”
O próprio João Cláudio Moreno – humorista que chegou a trabalhar com o Chico Anísio na Globo (fazia o Caretano Zeloso enquanto o Chico interpretava o Zelberto Zel) – inicio sua carreira artística no “Nós e Elis” como nos relata em sua deliciosa crônica “Sei que fui de ônibus”.
O maestro Aurélio Melo, atualmente regendo a Orquestra Sinfônica de Teresina, entre outras atividades no campo da música – Coral dos Vaqueiros e o Grupo Musical “Ensaio Vocal”, por exemplo – lembra em sua bem humorada crônica “Meu Bar doce Bar”“Bastava sair um novo disco do Chico, do Caetano, Gil ou do Milton, pronto, tinha discussão nas mesas do Nós e Elis. Um novo filme, um livro, futebol, até fórmula um, tudo era motivo pra gente se encontrar lá.
A única coisa que me preocupou, na época, foi o esvaziamento de shows musicais no Theatro 4 de Setembro, pois era mais “cômodo” pra gente armar uma produção pequena e fazer no Nós Elis que já tinha o público garantido.”
Não se pense, no entanto, que o bar, em si mesmo, não tinha o seu valor. O premiado cartunista Albert Piauí, presidente da Fundação Nacional do Humor e responsável pelo Salão Anual de Humor do Piauí – um dos mais respeitados do país e até, internacionalmente – afirmou em depoimento a mim prestado:
“A cozinha era o ponto alto do Nós e Elis. Não servia refeição, mas tira-gosto. O meu preferido era a moela ao molho de ketchup. Serviam também casquinha de siri e patinhas de carangueijo Quanto às bebidas, tinha todas as que são servidas hoje num hotel 5 estrelas – vinhos, licores, conhaques, vodcas; uiskis, nacionais e importadas. Produziam drinks variados e de grande beleza plástica. Aliás, primavam por isso. Foi o primeiro bar a fazer constar cachaça no cardápio de bebidas. A marvada era discriminada nos bares e restaurantes ditos “de elite”. Diga-se de passagem, a pinga Mangueira foi, durante vários anos, a bebida favorita do Prado Jr.”
Muitas pessoas, casadas até hoje, se conheceram no bar assim como, é natural, muitos casais lá se desfizeram, Todas estas coisas acabaram fazendo do lugar um concentrado da memória de centenas de pessoas que, hoje, constituem a elite cultural da sociedade teresinense. Julgo, sinceramente, que esta minha dedicação em reviver, nelas, essa época tão especial (“Éramos felizes e sabíamos”, como disse o poeta e publicitário Durvalino Couto Filho) constitui-se, também, numa importante e límpida fonte para os estudiosos da História de Teresina.
9 comentários:
Estamos vendo o mesmo filme? Eu morro e não vejo tudo! O besteirol está reduzindo a um simples bar, babaca demais para a minha parca inteligência!
Parca inteligencia é condescendencia, Emerson; por favor, não morra agora, ainda existem muitas coisas pra ver, incluindo a tecnologia dos controles remotos. Muda de canal; consequentemente, vai passar outro filme. Simples assim.
Inteligência e condescendência, por incrível que pareça, mantiveram o acento gráfico... Simples assim! Poeta Emerson, deixe esse Jeca-assuntinho pra quem não tem assunto...
para os dois senhores que têm assunto a tratar, e a tratar comigo, quero cobrar pronunciamento público a respeito do seminário herbert parentes fortes, marcado para o período de 15 a 17 de outubro do corrente ano. na kenard kaverna estamos dando publicidade aos depoimentos sobre o herbert parentes fortes para que conheçam mais e melhor este grande homem piauiense ignorado pelos ignorantes de plantão. uma das figuras de destaque do modernismo / semana de arte moderna mas que, matreiramente, nunca incluído nas publicações que tratam do assunto. por que: mais bem equipado que o paulista mário de andrade, por exemplo, o herbert parentes fortes foi saudado pelo alceu amoroso lima como o nosso primeiro filólogo, um dos mais destacados linguistas do país...
muito bem, emerson araújo e airton sampaio, louvemos o que merece, deixando o ruim de lado. cartas para a kenard kaverna, então!
não se deixem de mim. beijos kenardianos.
Com acento ou sem acento, continuo mantendo o significado dessas palavras (inteligência e condescendência) no contexto do comentário; assim sendo, essa invenção fantástica e revolucionária que é o controle remoto, agora também vai servir pra mais um monstro sagrado das letras, o Airton Sampaio. Mas ele não já tinha dito que não ia mais tocar nesse jeca assuntinho? Pois é, tinha; mas como ele definitivamente não consegue ficar longe nem deixar de ler uma frase sequer sobre o assunto, eis que retorna, lépido, fagueiro e muito mais "sabido" ainda, depois de ter lido de cabo a rabo a nova reforma ortográfica. Jeca assuntinho, heim? Pois sim.
Tô te lendo, Jacaré.
Paciência, Paulo Aquino, você que é, sem ironia, um dos monstros sagrados da nossa música, mas ninguém precisa ler de cabo a rabo a nova reforma ortográfica, tão raquítica que se faz isso num lance de olhos, para saber que proparoxítonas e falsas proparoxítonas já eram acentuadas no tempo em que você se alfabetizou, no século passado, assim como eu. Saiba que, musicalmente, sou seu quase-fã (fã mesmo sou do Geraldo Brito), porém penso que um pouquinhozinhozinhozinho de cuidado com a nossa lígua portuguesa não faz mal a ninguém. Depois, na verdade apenas quis ajudar meu poetamigo Emerson Araújo a se fixar em coisas mais importantes para ele no momento, como um amor, ao que parece, recém-perdido. Simples assim... Abração!
Pois é Airton Sampaio, fomos alfabetizados realmente no século passado,(tô com, caramba, 5.4 completados no ultimo dia 4) e a minha professora de Português, dona Conceição Pedrosa era do tempo dá "reguada" na cabeça se a gente não prestasse atenção na aula; sendo assim, dominamos essas pequenas regras de acentuação gráfica. Contudo, todavia, entretanto, mas, porém... Ninguém está a salvo de um deslize, um esquecimento ou coisa que o valha, e por ser um homem das letras, (agora sem ironia) voce como poeta, escritor e professor, certamente domina muito mais que eu esse assunto; o certo é que, entre mortos e feridos, todos estão salvos, menos o poetamigoseu, Emerson Araújo, no que me solidarizo pronta e sinceramente, afinal, um amor perdido não é uma coisa tão SIMPLES ASSIM.
Abração.
vocês dois estão enganados. o falso do poeta irmão emerson araújo está amando a colibri dele sem visitar mais o urso hibernador em sua kenard kaverna. é assim, o amor velho é sempre trocado pelo amor novo. quem manda eu estar à beira do meio século de vida (30 de julho próximo). e ainda tem o bloco dos feios... airton sampaio, e o paulo aquino, na bateria do bloco, não cabe não?
Claro que o Paulo Aquino cabe na bateria de qualquer bloco. Tanto nos dos bambas quanto no dos feios!Agora o que eu faço nesse bloco de feiosos é que não entendo, a não ser que se trate, e acho que se trata, de um feio golpe político kenardiano... Ah, se o poetamigo Emerson Araujo está de bem com a sua colibri azul então, Kenard, nem queira não um lugarzinho no coração do poeta, embora o coração do poeta seja trotskista, bondoso e infinito...
Postar um comentário