domingo, 22 de fevereiro de 2009

José Lopes dos Santos

José Lopes dos Santos. Foto sem crédito.

José Lopes dos Santos (Ipueiras (CE), 20 de setembro de 1919 - Teresina (PI), 30 de abril de 2006) foi um jornalista, advogado e político brasileiro natural do Ceará que viveu no Piauí a maior parte de sua vida publicando uma extensa bibliografia sobre os aspectos políticos do estado que adotou para viver.

Biografia - Filho de Oscar Lopes dos Santos e Maria Morais Lopes (mais conhecida como Marieta) mudou-se para o Piauí em 1934 chegando em solo piauiense dois dias antes da instalação oficial da cidade de São Miguel do Tapuio chegando ao cargo de Secretário Municipal com funções de guarda-livros (profissão hoje equivalente à de contabilista) se desligando do cargo em 1943 quando fixou residência em Parnaíba onde trabalhou como inspetor da Sul América Seguros retornando a São Miguel do Tapuio no ano seguinte na condição de comerciante. Em 1948 sagrou-se o primeiro prefeito do município eleito por sufrágio popular sendo filiado então ao PSD passando a morar em Teresina em 1951.

Vida pública - Residindo na capital piauiense José Lopes dos Santos retoma os estudos e conclui o curso de Técnico em Contabilidade no ano de 1956 e em 1961 torna-se Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade Federal de Direito do Piauí, cerne da Universidade Federal do Piauí. Logo ao chegar em Teresina passa a militar na imprensa, sobretudo por sua condição de funcionário e diretor da Rádio Difusora de Teresina, época marcada pelas audições do Grande Jornal Q-3 por ele comandado e cuja última edição se deu em 1980. Diretor do Departamento Estadual de Estatística entre 1951 e 1959 ao longo dos governos de Pedro Freitas e Jacob Manuel Gaioso e Almendra. Após um breve período afastado de cargos públicos foi Secretário de Imprensa no governo Tibério Nunes e diretor do Frigorífico do Piauí (FRIPISA) no governo Petrônio Portela, isso entre 1962 e 1966. Extintos os partidos políticos por determinação do Regime Militar de 1964 filiou-se à ARENA. Foi advogado e chefe do setor jurídico do Departamento de Estradas e Rodagem do Piauí (DER), e na curta gestão de José Odon Maia Alencar como Governador do Piauí (de 12 de agosto a 12 de setembro de 1966) foi Secretário de Fazenda. Juiz do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí por dois biênios e entre 1975 e 1979 foi Secretário de Governo nas gestões de Dirceu Arcoverde e Djalma Veloso. Procurador-geral de Justiça do Piauí nos governos de Lucídio Portela e Hugo Napoleão, filiou-se ao PDS e a seguir ao PFL sendo nomeado Assessor de Imprensa no governo Bona Medeiros.

Ocupou a cadeira 27 na Academia Piauiense de Letras (que tem como patrono Honório Parentes Fortes) e é patrono de uma cadeira (42) na Academia de Letras da Região de Sete Cidades (ALRESC).

Era casado com a radialista e dramaturga Miriam Bona Lopes dos Santos.

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