domingo, 8 de fevereiro de 2009

Da Necessidade de Construir Pontes

Cineas Santos e a formiguinha Lucili.
Foto: Kenard Kruel.


A bem da verdade, à frente da Fundação Municipal de Cultura Mons. Chaves, até o momento, limitei-me a tapar goteiras e a tentar desvencilhar-me do cipoal burocrático que inviabiliza qualquer iniciativa cultural. A despeito disso, dois dos projetos que concebemos já estão em curso: o Teresina Visita e o Musica na Praça.

O primeiro foi lançado oficialmente no dia 24 de janeiro quando das comemorações do 186º aniversário da adesão do Piauí à Independência do Brasil, na cidade de Oeiras.

O segundo, lançado no dia 1º do corrente, teve lugar no “Encontro das águas”, em Teresina. Simples em sua concepção, os dois projetos têm, em nosso entender, grande alcance cultural.

O Teresina Visita tem como objetivo principal estabelecer um diálogo permanente e consequente com os demais municípios do Estado. Parece-nos da maior importância implementar esse intercâmbio que fortalecerá os laços entre os municípios do Piauí. Não por acaso, escolhemos Oeiras para o lançamento do projeto: ali, sob as benções de Nossa Senhora da Vitória, nasceu a província do Piauí. No final da solenidade promovida pelo Governo do Estado, a Orquestra Sinfônica de Teresina, sob a regência do maestro Aurélio Melo, apresentou cinco peças musicais: “Abertura de Carmem”, de Bizet; “Abertura 1812”, de Tchaikovsky”; “Graça Infantil”, de Posidônio Queiroz , e duas peças populares: “Coração Santo” e “Queremos Deus”, interpretadas pela soprano Luíza Miranda, tendo como coro uma plateia com mais de 300 vozes. Uma noite para não ser esquecida.

Faço questão de registrar aqui a participação de um cidadão que, sem ocupar qualquer cargo público, teve participação decisiva na presença da Orquestra Sinfônica em Oeiras. Trata-se de Joca Oeiras que, disparando e-mails em todas as direções, fez gestão no sentido de sensibilizar as autoridades para que a Orquestra se apresentasse na velha capital. Joca, quando encasqueta com uma idéia, é capaz de (re)mover montanhas.

Quanto ao segundo projeto, trata-se de uma iniciativa que tem por finalidade oferecer aos teresinenses mais uma opção de lazer. A partir de hoje, em vários pontos da cidade, as 26 bandas mantidas pela Prefeitura de Teresina estarão tocando em espaços públicos. Sob o comando do músico Wilker Marques, as bandas estudantis e profissionais farão apresentações em parques, praças e colégios de Teresina. O projeto será implementado com a participação da Secretaria da Juventude, da SEMDEC, da SEMEC e da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, sob a chancela da Fundação Municipal de Cultura Mons. Chaves.

Mais três projetos serão lançados até março: Arte Itinerante, Picoler e Arte na Escola. O primeiro, uma trupe constituída de 6 artistas, fará intervenções rápidas (30 minutos em média) em mercados públicos, paradas de ônibus, feiras livres, praças, etc. O segundo será dirigido especificamente ao público infantil e infanto-juvenil e visa incutir nas crianças o gosto pela leitura. O terceiro, em parceria com a SEMEC, terá como público-alvo os estudantes da rede municipal de ensino. São projetos simples, relativamente baratos que, se realizados com êxito, poderão mudar, para melhor, a face cultural da “cidade amada”. Assim seja!

*Cineas Santos é o Presidente da Fundação Cultural Monsenhor Chaves.

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