Aurélio Melo. Foto: Luciano Klaus.
Querido Urso Hibernador,
Ainda estou sob o impacto da primorosa apresentação da Orquestra Sinfônica de Teresina, ontem à noite, aqui em Oeiras. Mesmo não tendo ocorrido no adro da Igreja Matriz, ainda que a "pièce de resistence" da apresentação não tenha sido a Nona Sinfonia de Beethoven, Oeiras ganhou, sem dúvida, um presente inesquecível. Fechando os olhos, ainda vejo o maestro, de costas, doando-se, inteiramente, para a orquestra em movimentos ágeis e de extrema elegância, por si só, um espetáculo à parte. Você pode até não acreditar, mas eu me senti pessoalmente agraciado com a escolha da "Abertura 1812" de Tchaikovsky. Anos atrás, totalmente envolvido na "Campanha pela Restauração da Fábrica de Laticínios", recebi um e-mail do Maestro Aurélio Melo dizendo de sua disposição de promover uma apresentação da orquestra em Campinas do Piauí, quando da reinauguração daquele monumento. Em resposta, pedi a ele que, na ocasião, executasse, justamente, aquela obra de Tchaikovsky. O maestro me disse que tratava-se de uma peça difícil mas que já a estavam ensaiando. Achei o resultado comovente e espetacular.. Depois, ainda teve uma valsa de Possidônio Queiros e a apresentação da soprano Luiza Miranda que terminou entoando "Queremos Deus". Se é que houve alguém mais feliz do que eu na distinta platéia, este alguém se chama professor Cineas Santos. Percebi que ele, de natural sisudo, mais que tentasse, não conseguia esconder o sorriso. Beijos e abraços do Joca Oeiras, o anjo andarilho.
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