domingo, 5 de fevereiro de 2012

Viva o Zé Pinguelo

O delegado Jorginho se encontra com o humorista Zé Filho, diretor do Teatro da Assembleia Legislativa do Estado, na praça de alimentação do Riverside, e tasca:
- Zé Filho, malandro, te peguei no flagra, faz tempo que estou de tocaia, pensa que eu não vi, tá fumando o que?
- Sei não, doutor, tô com ele não, estava aqui só passando, quem está filmando é o Kenard Kruel, delega, não tenho nada com ele não, não tenho nem câmera de filmar. Isso é os homes que estão dizendo.
- Ah, ele é gaiatim, eu estou perguntando é pela erva, malandro, cadê a erva, malandro?
- Uma desgraça, doutor, a Eva brigou comigo e voltou para a casa da mãe dela.
- Você é maconheiro, cheio, malandro. Não vem com onda não.
- O senhor está falando de que, doutor?
- O Themístocles Sampaio dedurou. Você é maconheiro.
- Não, delega, sou mal com ele não, apenas estou chateado. Ele aumentou verba dos gabinetes dos deputados de 50 para 80 mil reais, mas não aumentou nada do meu. Pode?
- Homem, não fresque não, eu quero saber é das coisas, cadê as coisas?
- Uma desgraça, seu delega, quando a Eva foi embora, de birra ela levou tudo: o fogão, o rádio, a televisão, o celular, o pote, até mesmo o seu cd autografado, que já estava quase todo furado de tanto eu ouvir. Ainda mais depois que o senhor saiu no Jô Soares, da Tv Globo.
- Cavalo, eu quero saber é do mato, cadê o mato, cavalo?
- Pois é, o mato, que estava crescido, eu mandei capinar. Dá, até, para jogar bola agora. Eu no gol, entra tudo, só não as bolas. Quer tentar, doutor?
- E esse cigarro de maconha no chão, malandro?
- É seu, delega, quem acha é dono.
- Robert Rios, pode levar, bota o meliante no camburão, que ele é muito invocado, quer fazer onda com a cara do delegado. Pode atuar ele para não ser desaforado. Vai levar um corretivo para não mais fumar "cigarro". Ora se vai...
- Doutor, estou limpo, doutor...
- Limpo tu vais ficar depois da pisa que vamos te dar, malandro... Entra logo, fuleira...

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