segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

II Salão do Livro de Altos

Kenard Kruel e Carlos Dias no pátio do CCHL da UFPI.

Carlos Dias, o maior historiador de Altos, herdeiro intelectual que é de Chiquim Cazuza, me telefona só para lembrar (porque o alemão já anda me rondando) que a cidade irá completar 90 anos no dia 12 de outubro próximo (vixe! o ano já está acabando!).  Há anos, eu, ele (Carlos Dias) e o jornalista da pesada Tony Rodrigues estamos limando livro sobre a história de Altos. Parece que esse ano sai, pelo menos Carlos Dias está trabalhando, mais do que eu e o Tony Rodrigues, para isso.

Segundo as lendas, a história de Altos começou a partir de 1800, com a chegada, proveniente do Ceará, da família Paiva, vinda da região Novo Oriente, representada por João de Paiva Oliveira para o lugar que, atualmente, se denomina Altos. Muitos fatos, relativos à família fundadora permanecem à margem da história, talvez, por conveniência política ou porque a revelação desses fatos cubram de vergonha e ignomínia aqueles que dilaceraram as carnes da pátria-mãe e se dizem, atualmente, benfeitores históricos. Não se pode negar a contribuição do cônego Honório na afirmação da fé de um povo laico, contudo, vale aqui ressaltar que o terreno que se destinou à construção da matriz de São José foi doado por João de Paiva Oliveira. Outro fato que passa além da história e que, estranhamente, é escondido do público, concerne à nomeação, pelo interventor estadual, de João de Paiva Oliveira como inspetor de ensino de Altos. A nomeação que se encontra arquivada nos anais do Governo do Estado, lança por terra, a falida tese de que o fundador do município de Altos era analfabeto como querem fazer crer alguns e algumas, mais algumas do que alguns.

O município conta com rios perenes, cachoeiras e riachos com piscinas naturais, possuindo uma estrutura propícia ao ecoturismo e à prática de esportes radicais. Altos possui ainda três sítios paleontológicos, com a presença de lenhos fósseis que datam de 230 a 250 milhões de anos (Era Paleozoica), localizados nas localidades rurais Gameleira, Serra do Gustavo (também conhecida como Boqueirão do Brejo) e Barrinha. Possui ainda a Floresta Nacional dos Palmares (única do Estado), com 170 ha, unidade de conservação ambiental federal administrada pelo IBAMA.

Quanto ao turismo cultural, Altos possui grande número de festividades que atrai pessoas de todo o Estado, como é o caso dos festejos de São José (na Igreja Matriz) e do Show da Rádio São José dos Altos, realizado anualmente no dia 21 de setembro com a presença de inúmeras atrações. Mas, o que promete mesmo bombar é a construção da cidade medieval que iremos construir nos 300 hectares de terra do senhor Ogier, o famoso homem do castelo de pedra em cima de um morro de 50 metros de altura. Quem ainda não foi lá é mulher do padre, agora monsenhor Tony Batista.

Pode ser que este ano, por conta dessa data redonda, a Prefeitura de Altos resolva, com a Fundação Quixote, fazer o II Salão do Livro de Altos. O I, que teve como homenageado Menezes Y Morais nem é mais da lembrança de nossas crianças de tão passado que já passou. Carlos Dias me disse que já fez inclusive todo o projeto e programação, sugerindo, até, que se faz homenagem à poetisa Inês Souza, que eu tive o prazer de conhecer e bater papo por longas horas quando eu estava pesquisando para escrever livro sobre o Dr. Gonçalo de Castro Cavalcanti, um dos maiores intelectuais de nossa terra, que em Altos foi Juiz de Direito, deixando marca de bom magistrado e cidadão.

Além de ser conhecida como a capital mundial da manga, Altos possui também a agricultura do caju e do piqui. 

Altos é a cidade onde Deus fez sua morada. Não é, Elvira Raulino?

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