quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Biblioteca pública municipal de Altos

Tony Rodrigues, desafinando o coro do contentes.

Tony Rodrigues

Estive hoje pela manhã na biblioteca pública municipal de Altos. Revendo alguns livros antigos, dos anos 1970, quando comecei minhas leituras, na própria biblioteca altoense, só que em outra localização, onde hoje é a Câmara Municipal. Uma viagem deliciosa ao tempo da minha infância. Os livros de Monteiro Lobato, Érico Veríssimo, Jorge Amado, Alexandre Dumas, muitos ainda estão por lá. Muito antigos, mas bem cuidados pela equipe, que é bastante dedicada. Servidoras de alto nível. Fui muito bem recebido pelas funcionárias, que me têm muita admiração e apreço, a começar pela Amparo, e que me mostraram a organização, em separado, de vários dos meus livros, juntamente com os do professor Carlos Dias. Matadores de Prefeitos, Conexão Delta do Parnaíba, Um Repórter. Peguei emprestado um livro titulado “Os devotos do ódio”, de autoria de José Louzeiro, ambientado na Alagoas dos anos de chumbo, e que mostra o poder do coronelismo no sertão sobre os trabalhadores rurais e os menos favorecidos em geral. Uma coisa que, tenho notado, tentam revitalizar em Altos. Poderosos e ricos que acham que as demais pessoas, só por que não têm tanto dinheiro assim, não possuem dignidade. Felizmente, os tempos são outros.

A propósito, se eu fosse um promotor de Justiça procuraria, de imediado, informações detalhadas sobre a reforma empreendida na biblioteca pública de Altos. O prédio passou quase dois anos fechado para reforma e o piso está todo incerto. Em alguns lugares, afundando; em outros, subindo. As torneiras colocadas são de plástico da pior qualidade. O Ministério Público deveria oficiar a prefeitura para saber quanto foi aplicado na obra, de quem é a responsabilidade pela engenharia (um engenheiro desses deveria ter o diploma cassado), quem foi o mestre de obras que executou o projeto e por que as coisas já estão daquele jeito, desmoronando, com tão pouco tempo de inaugurado. A inauguração ocorreu em 12 de outubro passado, aniversário da cidade. Inclusive havia um promotor por lá. Será que ele não percebeu tudo isso? Será que não quis ver? O que houve de fato? Isso também vale para os senhores vereadores. Muitos participaram da inauguração. Deviam estar cegos para não ver tanta coisa errada nesta "bendita" reforma. Imagino que a cultura merece mais atenção da prefeitura. Pena que a atual administração não concorde comigo.

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