Niède Guidon by Netto
Continua animadíssima a polêmica sobre a construção do aeroporto internacional de São Raimundo Nonato. A última vez que escrevi sobre o assunto, nesta coluna, apenas alguns cavalos passeavam tranquilamente na pista do famigerado ‘aeroporto internacional’, sem que nenhuma máquina de grande porte da construtora contratada ousasse interromper este bucólico cenário ecologicamente correto. A grande interessada na construção desse aeroporto (deveria ser todos nós, piauienses), a arqueóloga e dublê de fiscal, Niède Guidon, pega sua camioneta todos os dias para ver, tal e qual São Tomé, se algum milagre acontece. Tudo igual! Os mesmos cavalos em seu itinerário matinal e nada mais. Nenhum movimento de homens trabalhando na obra, nenhum engenheiro orientando os trabalhos, nenhum sinal de aeroporto internacional.
Porém, há mais ou menos 10 dias, o governador Wilson Martins mandou chamar a arqueóloga no Palácio para uma conversa definitiva sobre o assunto. Na presença de vários secretários de estado (inclusive o de turismo, Silvio Leite), Wilson Martins se comprometeu a terminar o aeroporto ainda este ano. Isso mesmo, você não leu errado. Tudo bem, estamos em meados de setembro, faltando apenas pouco mais de três meses para a obra ser concluída. Impossível? Nada é impossível quando a alma é grande.
No Oriente, terra de onde veio a minha família, a palavra de um homem vale mais que qualquer documento assinado. Vale ouro e compromete seriamente a identidade de um cidadão quando ele empenha a sua palavra e não cumpre. Muitos acordos faraônicos são feitos sem que nenhum documento seja assinado. Claro que os ocidentais estranham muito tal procedimento e, por isso mesmo, alguns contratos feitos entre ocidentais e orientais exigem que a velha prática torne-se mais flexível para contentar os dois lados. Mas, a tradição ainda subsiste entre os orientais. Caso a palavra do governador valha mais que um documento assinado, estaremos diante de um fato inédito na política local. Agora é esperar para ver. Ou crer para ver, sei lá.
Enquanto a gente espera, transcrevo abaixo uma carta circular que está circulando na NET, sobre o mesmo assunto, escrita por Joca Oeiras, um paulista (outro paulista, conterrâneo de Niède Guidon), que, exageros à parte, defende com unhas e dentes a construção deste aeroporto. Leia abaixo e tire suas próprias conclusões:
O aeroporto de São Raimundo Nonato deveria ser prioridade das prioridades.
Engana-se quem pensa que o Aeroporto Internacional de São Raimundo Nonato interessa apenas à Fumdham (leia-se Dra. Niede Guidon) e aos que habitam no entorno do equipamento. O Aeroporto interessa ao Brasil, tanto quanto os Parques Nacionais da Serra da Capivara e das Confusões merecem o título de um dos mais importantes Patrimônios da Humanidade.
A irritante morosidade com que os trabalhos são tocados, a suspeição permanente de desvio de vultosas verbas, as promessas jamais cumpridas, tudo isso me faz, às vezes, desconfiar que existam forças muito poderosas que não querem, de forma alguma, ver concretizar-se o sonho da Dra Niéde Guidon, isto é, que ela teve a primazia de sonhar e que deveria ser de todos que desejam ver o Piauí a caminho de seu grande destino
Mas não quero aqui fazer nenhuma peroração indignada contra “esses canalhas corruptos”. Eu só quero saber, como disse o Torquato, do que pode dar certo. Viva o Aeroporto De São Raimundo Nonato, cartão de visita e porta de entrada do Piauí para o mundo. Só não vê quem não quer!
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