O livro Luiz Mendes Ribeiro Gonçalves – Cartas a A. Tito Filho, editora Zodíaco, 2010, organizado pelo jornalista Kenard Kruel, que também faz a apresentação da obra, será lançado em fevereiro próximo, em Amarante, às 10 horas do dia 6 (domingo), na Câmara Municipal, com recepção do prefeito Luiz Neto e apresentação do conselheiro e acadêmico Afrânio Nunes, e em Teresina, às 19 horas do dia 8 (terça-feira), no auditório do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura – CREA-PI, com recepção do presidente José Borges de Sousa Araújo e apresentação de Kenard Kruel.
O livro Luiz Mendes Ribeiro Gonçalves - Cartas para A. Tito Filho tem três divisões: Inicialmente, Luiz Mendes Ribeiro Gonçalves traça o perfil de sete membros da Academia Piauiense de Letras: Honório Portela Parentes, Gonçalo de Castro Cavalcanti, Simplício de Sousa Mendes, Antônio Chaves, Artur Passos, Matias Olímpio de Melo e Pedro de Alcântara de Sousa Brito. A lembrança dos perfis foi por conta do centenário de nascimento dos referidos acadêmicos.
Depois, em mais uma prova de amor à sua terra natal, destaca-lhe os poetas, dando, sobretudo, o testemunho da inteligência das mãos do Da Costa e Silva que, além de ser o grande poeta de seu tempo (e dos tempos atuais), ainda desenhava, pintava e fazia esculturas com engenho e arte. Com conhecimento de causa, acompanha o desenvolvimento material do torrão natal, que conheceu tempo de glória e hoje vive quase que completamente do passado.
Luiz Mendes Ribeiro Gonçalves analisa pacientemente, em suas cartas, os informativos da Academia Piauiense de Letras, um por um, página por página. Comenta os livros recebidos, de acadêmicos ou de escritores, que inseridos, pelo professor A. Tito Filho, em seu sistema de assinaturas, eram uma das fontes de renda daquela instituição.
Mesmo sabendo que suas cartas poderiam ser publicadas um dia, como acontece agora, conta particularidades íntimas, como o caso de não poder ter filhos e da sua vontade de deixar herdeiros. “Um filho, bom, mau, qualquer que seja, é sempre para o pai o maior tesouro”, confessa.
Embora não fosse de tecer críticas pessoais, Luiz Mendes Ribeiro Gonçalves, em uma das cartas ao professor A. Tito Filho, censura a maneira como o romancista de Oeiras e seu parente O. G. Rêgo de Carvalho se comportava quando convidado a ingressar na Casa de Lucídio Freitas. Não demonstrava qualquer interesse. Mas, a cada nova vaga, novo convite. Por muito insistirem, uma dia O. G. Rêgo de Carvalho concordou com a sua inscrição, mas disse que não iria, de forma alguma, pedir voto. Tornou-se imortal, ocupando a cadeira de nº 6, antes ocupada por Petrarca Rocha de Sá, cujo patrono é o poeta Teodoro de Carvalho e Silva Castelo Branco.
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