terça-feira, 10 de novembro de 2009

Retrato da nova realidade mundial

Professor Santana, editor da Fundapi.

Grande parte das idéias do professor Raimundo Monteiro de Santana está reunida no livro "A nova realidade-mundo: As transmutações em curso", que terá sua segunda edição - revista e atualizada - lançada na próxima sexta-feira, às 19 horas, na Oficina da Palavra. O livro também é assinado por Rita de Cássia Santos e foi editado através da Fundação de Apoio Cultural do Piauí (Fundapi).

A experiência de Raimundo Santana na abordagem de assuntos relacionados à história econômica é destacada pelo professor Francisco de Assis Veloso Filho, na contra-capa da obra. Segundo ele, Santana "abriu novas perspectivas de investigação no início dos anos 1990 com discussões sobre as grandes transformações na sociedade contemporânea, enfatizando desdobramentos dos avanços nos campos da cultura, ciência e tecnologia". Francisco de Assis relembra outros feitos do professor, a exemplo da realização do simpósio "O Brasil no limiar do terceiro milênio", promovido quando ocupava a presidência da Academia Piauiense de Letras.

Com o livro "Apontamentos para a história cultural do Piauí", Santana retomou as atividades de editor pela Fundapi. Em 2003, ele editou, em parceria com Cineas Santos, a coleção Independência e a obra "Pesquisas para a história do Piauí".

O secretário Washington Bonfim também dedica algumas linhas ao professor Raimundo Santana e o aponta entre os poucos "estudiosos que se dedicaram a compreender o Piauí, oferecendo contribuições efetivas para nosso conhecimento sobre a história, economia e sociedade locais". A versatilidade dos temas abordados está entre as características apontadas. Washington destaca ainda a carreira política do professor, que foi prefeito de Campo Maior, sua terra natal.

Formado em Ciências Jurídicas e Sociais, Raimundo Santana já foi professor da Universidade de Brasília - UNB e deu relevante contribuição para a formação da Universidade Federal do Piauí. É no seu retorno ao Piauí, em 1990, "que ele desenvolve suas idéias mais ambiciosas", que migram da globalização aos temas ligados à cultura e ao patrimônio imaterial de nossas sociedades.

Sobre o tema da obra discorre Rita Santos: "A constituição de uma realidade-mundo é um processo apenas começado. Sua compreensão e, principalmente, a concepção de uma arquitetura desejada para sua evolução se colocam, hoje, como grandes desafios aos indivíduos e organizações. A questão de fundo mais fundamental é como as ações humanas interagem com a base material e o tecido de tradições e instituições disponíveis para formar uma realidade que se tece sob novos parâmetros espacio-temporais".

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