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A cada dia defendo mais ainda a tese de que o blog é pessoal. O blogueiro, nele, publica, como e quando, o que quiser. Aquele que não concordar com a linha editorial tem o direito de simplesmente não o acessar, de ignorá-lo.
Alguns blogs, de cuja linha editoral discordo, visito até com frequencia. E me dá um prazer danado as visitas que faço, diante do autismo expresso. É muito divertido, enxergar, em uns, sempre, purezas petistas, e ver impresso, em outros, independentemente de solidez das denúncias, a mídia como responsável pelas mazelas irrompidas do colo do governo. Quase não tem preço a defesa de que o país anda nos trilhos seguros da estabilidade econômica por conta exclusiva do governo do presidente Lula, ignorando as políticas que o antecederam. E em nenhum momento, apesar de discordar de suas postagens, de ver nelas, muitas vezes, inconsistências, desanquei-as em comentários, mesmo que como anônimo.
E injusto seria impor-me coloração partidária. Se assim fosse, por exemplo, não publicaria declaração de José Celso Martinez contrapondo-se à de Caetano Veloso, que chamou o presidente Lula de analfabeto, cafona e grosseiro. E no mesmo dia.
Airton Sampaio, em seu blog, com razão, queixa-se do patrulhamento que querem lhe impor em comentários agressivos e ameaçadores. Ora, Airton Sampaio tem o direito, sim, de desancar o que e quem seja. O Estado de Direito garante-lhe a livre manifestação do pensamento. Processe-o aquele que se sentir ofendido. Nada mais do que isto.
5 comentários:
Seu Chico, isso é decorrência de séculos de "taca" sem direito a nenhum aí! Nos meios de comunicação a arenga era sempre a mesmice freitasportelacastelobranco, sem direito de discordância. Que beleza, a democracia da internet e a decadência do órgãos oficiais com títulos de diários de notícias. No meu tempo de menino era assim. Bom que mudou muito.
por jupíter! mas, como a ignorância é audaciosa mesmo, meu filósofo de plantão Mão Santa! o contista M. de Moura Filho nada tem a ver, nada tem a ver mesmo, nem por longe das lonjuras do sariema altoense com o acadêmico francisco miguel de moura. eu já aconselhei ao m. de moura filho trocar o nome dele, pois toda vez que há uma polêmica nesta terra de macunaímas há esta confusão de pai para filho. caramba! quiser até posso emprestrar meu nome para ele. kenard kruel, que lindo!
eu acho interessante quando isso acontece. antes o nosso inimigo era a bota da ditadura. agora somos nós mesmos. estado democrático de direito é isso ai! por isso que esta pocilga eletrônica não censura ninguém, por mais que discorde de anonimato e das escritas aqui escritos. já tive três blogues detonados por conta da censura. mas, como eu amo mesmo esta internet. acabam com um blog, logo nasce outro. e assim por diante.
como só quero saber do que pode dar certo, vou louvando quem bem merece deixando o ruim de lado. e que as mangueiras de altos me dê sombra, água fresca e muitas coxas penetráveis. melhor do que isso, só dedo no oi... pois, pois!
Caro Silveira, se eu e Francisco Miguel de Moura, por acaso, formos parentes, por favor, não nos culpe. Definitivamente, pelo menos no campo literário, seguimos caminhos absolutamente díspares, sem qualquer interseção.
Não concordo com você, caro Silveira, de que o patrulhamento imposto ao Airton Sampaio, em seu blog, por comentários agressivos e ameaçadores, seja "decorrência de séculos de 'taca' sem direito a nenhum aí" Nem a coisa diz respeito aos meios de comunicação e o servilismo às famílias tradicionais politicamente de então.
Hoje, como anônimo, quem agride e ameaça o Airton Sampaio se impacientava com o que você lembra, querendo, à época, mudanças.
No mais, que fique bem claro: não defendo a inexistência de interação entre a postagem e o leitor, por comentários, mas que se restrinja ao campo das idéias, sem querer impor, como o meu amigo Aquiles, o Zé da Égua, por exemplo, uma linha editorial para o blog.
Feitos os esclarecimentos, Kenard, vou, por enquanto, manter a minha identidade. Se a confusão persistir, meu caro Kruel, vou usar o seu nome, já que ofertado.
Rapazes o que queremos é continuar aqui com o único fundamento correto: a liberdade de expressão que é sagrada e está acima de qualquer doutrina ou doutrinador. Que os blogues continuem vivos incomodando ou não, na suas purezas e nas suas nódoas.
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