Francisco Atanásio, coordenador do curso de História da UESPI, em Campo Maior, está levantando material para apresentar projeto de doutorado na UFPR (Curitiba) sobre Zezé Leão. Em trêss livros, já publicados, trato de Zezé Leão, apenas como capítulos: Djalma Veloso - o político e sua época, História do Piauí e Eurípides de Aguiar - escritos insurgentes. Por conta disso me telefonou e marcou encontro na ponte estaiada, hoje pela manhã. 10 horas. Fui lá. Disse, de entrada, que quem pesquisa Zezé Leão mesmo a fundo, há mais de 50 anos, é o imortal da Academia Piauiense de Letras Zózimo Tavares Mendes, que é de Água Branca, que tem sorte, como diz o cartunista e jornalista Albert Piauí, de ter São Pedro por perto. Ainda assim, levei uma lista de pessoas, com endereços, fones, emeios e outros meios de contatos, para que ele pudesse colher o que precisa para o seu trabalho.
O cara é simpático. Gente fina, como se dizia nas antigas de antigamente. Em poucos minutos, mostrou que lê. Citou vários livros lidos, anotados, da literatura piauiense, mas não tem aquela arrogância própria dos sujeitos que fizeram "Pós", que se sentem donos da razão porque citam teóricos obrigatórios em suas páginas. Cada página de uma dissertação deve ter pelo menos quatro citações teóricas. No doutorado, fica por menos, mas a obrigação se faz presente. Acadêmico não pode ter opinião própria. Tem que amarrar seu projeto num teórico qualquer da vida, se estranja melhor ainda. Alguém pode me explicar isso? Fui fazer mestrado na UFPI, o professor orientador queria que eu ligasse Torquato Neto a Pierre Bourdieu. Eu disse: nem com o poder simbólico dele eu faço isso. Fui para a UESPI, em convênio com a UFPE, e outro professor orientador, do Canadá, me deu nota máxima em meu trabalho, com recomendação de publicação, sem reserva. Dai nasceu Torquato Neto ou a Carne Seca é Servida, que o professor Francisco Atanásio está devorando na boneca da terceira edição.
O cara é simpático. Gente fina, como se dizia nas antigas de antigamente. Em poucos minutos, mostrou que lê. Citou vários livros lidos, anotados, da literatura piauiense, mas não tem aquela arrogância própria dos sujeitos que fizeram "Pós", que se sentem donos da razão porque citam teóricos obrigatórios em suas páginas. Cada página de uma dissertação deve ter pelo menos quatro citações teóricas. No doutorado, fica por menos, mas a obrigação se faz presente. Acadêmico não pode ter opinião própria. Tem que amarrar seu projeto num teórico qualquer da vida, se estranja melhor ainda. Alguém pode me explicar isso? Fui fazer mestrado na UFPI, o professor orientador queria que eu ligasse Torquato Neto a Pierre Bourdieu. Eu disse: nem com o poder simbólico dele eu faço isso. Fui para a UESPI, em convênio com a UFPE, e outro professor orientador, do Canadá, me deu nota máxima em meu trabalho, com recomendação de publicação, sem reserva. Dai nasceu Torquato Neto ou a Carne Seca é Servida, que o professor Francisco Atanásio está devorando na boneca da terceira edição.
Como não estou para brincadeira, e só quero saber do pode dar certo, falei para ele dos 90 anos da Semana de Arte Moderna, dos 45 anos da Tropicália. Da ligação da Antropofagia (84 anos) com a Tropicália e seu mentor principal Torquato Neto. O professor Francisco Atanásio ficou de programar aula inaugural com palestra minha na UESPI de Campo Maior, onde ele não é efetivo. Logo logo ele será efetivado na UESPI de São Raimundo Nonato e me levará para lá. Neste particular, fiz um pedido. Que ele levasse também a filha da terra Claudete Dias, pós doutora em História, aposentada pela UFPI, que fez Eva com o Adão (Torquato Neto), em Adão e Eva do Paraíso ao Consumo, roteiro de Edmar Oliveira. Topou na hora. Então, o negócio agora é trabalhar em cima dessas duas programações.
Quanto ao Zezé Leão, quem puder ajudar o professor Francisco Atanásio, gentileza entrar em contato com ele pelo e-mail: franciscoatanasio@hotmail.com ou pelo celular (086) 8864 3639. A história do Piauí agradece. Com fé, esperança e amor...
Um comentário:
Ah, meu caro, obrigado pelas gentis palavras. Quero dizer que me senti lisonjeado e muito agradecido com suas valiosas indicações para o encaminhamento de minha pesquisa. Espero que possa encontrá-lo mais vezes. Por falar nisso, já estou me mobilizando para acertar sua presença na aula inaugural em Campo Maior. Quando as datas estiverem plenamente fechadas irei contatá-lo para confirmar sua ida ao campus.
Ah, e meu doutorado será na UFPR (Curitiba) e não na UFPE (Pernambuco.
No mais, sinceros abraços cordiais.
Francisco Atanásio
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