Torquato Neto e Scarlet Moon, em Nosferato no Brasil
filme cult super 8 de Ivan Cardoso.
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“Já vou logo avisando que isso não é uma palestra acadêmica e que não sou professor”, dada a dica pros puristas (que não pintaram por lá), sutilmente o poeta e jornalista Ademir Assunção iniciou a palestra sobre o poeta tropicalista Torquato Neto, projeto do “Ciclo Poetas de Cabeceira”, na sala de debates no Centro Cultural São Paulo.
Havia pouco menos de dez expectadores espalhados pela sala. No decorrer da apresentação, um e outro “gato pingado” chegava e se sentava. Com dez minutos de atraso, Cláudio Daniel iniciou a palestra passando o microfone e a palavra para Ademir Assunção.
Além de acentuar afetividade em relação ao “não-especializado-poeta”, o palestrante leu uma citação de Rogério Duarte sobre a morte de Torquato, e traçou um paralelo da obra do tropicalista, com a produção beat-concreta do kamiquase Paulo Leminski. Discorreu a propósito das urgências dos anos 60, (desbunde, militância, ânsias) linguagens, parcerias, influências, Hélio Oiticica e indignou-se, “Como um poeta como Torquato, não publicara nada em vida?”
Foram lidos poemas do livro “Os últimos dias de Paupéria” publicado em 1973, organizado por Ana Maria Silva (sua ex-mulher) e Waly Salomão. Trechos dos livros dos dois volumes de Torquatália, “Do lado de dentro” e “Geléia Geral” do jornalista Paulo Roberto Pires. Antes do encerramento da palestra, Ademir Assunção leu seis dos oito poemas inéditos da adolescência de Torquato e enfatizou “Só comparável a Rimbaud”. (Fonte: Clique Aqui).
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