Fátima Castelo Branco, Ipês, estrada Teresina / Altos.
Estão voltando as flores
Vê, estão voltando as flores
Vê, nessa manhã tão linda
Vê, como é bonita a vida
Vê, há esperança ainda
Vê, as nuvens vão passando
Vê, um novo céu se abrindo
Vê, o sol iluminando
Por onde nós vamos indo
Por onde nós vamos indo
Paulo Soledade
29/6/1919 27/10/1999
Natural de Paranaguá (PR), trabalhou como ator na década de 30, antes de ingressar na Força Aérea Brasileira no Rio de Janeiro. Chegou a ser piloto da companhia aérea Pan Air e trabalhou também como repórter no jornal A Noite. Nos anos 40 junto com companheiros de boêmia como Carlinhos Niemeyer, Sergio Porto, Ibrahim Sued e Heleno de Freitas, fundou o Clube dos Cafajestes, e compôs o "Hino dos Cafajestes". Lá conheceu Fernando Lobo, com quem compôs "Zum-zum", gravado por Dalva de Oliveira em 1951. Dez anos mais tarde abriu a boate Zum Zum, no Rio de Janeiro, freqüentada por Silvinha Telles, Vinicius de Moraes e palco de estréia do Quarteto em Cy. Um de seus maiores sucessos foi a marcha-rancho "Estão Voltando as Flores", gravada por Helena de Lima, e teve parceiros como Tom Jobim ("Sonho Desfeito"), Antônio Maria ("Insensato Coração"), Vinicius de Moraes ("Poema dos Olhos da Amada", "O Pato", "São Francisco") e Marino Pinto ("Deixa o Velho Trabalhar", "Calúnia"), com quem escreveu outro enorme êxito, "Estrela do Mar", gravado por Dalva de Oliveira.
LUIZ GERALDO MAZZA – Folha de Londrina: 13 de março de 2005
Paulinho Soledade, falecido, ligado à família Valente, era de Paranaguá e pertenceu ao Clube dos Cafajestes do Rio ao qual se ligavam entre outros o Stanislaw Ponte Preta, Carlinhos Niemayer e Ibrahim Sued. É autor de obras primas como as marchas rancho ''Estão voltando as flores'', ''Um pequenino grão de areia'' e ''Zum Zum'', sucesso carnavalesco. Consta, e isso tem jeito de folclore, que acometido de uma infiltração tuberculosa teria se isolado no Haras Valente, Porto Amazonas, para recuperação e ao receber a notícia em Curitiba de que estava curado viu os ipês florindo na Praça Tiradentes e daí teria surgido
Vê estão voltando as flores
Vê nesta manhã tão linda
Vê como é bonita a vida
Vê há esperança ainda...
É melodrama para não se botar defeito.
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