Kenard Kruel na UFPI vendendo livros à mão cheia.
Há algum tempo coloquei aos ventos de publicidade a Editora Zodíaco, para publicar meus livros tão somente. Mas, já editei diversos livros de amigos e amigas, inclusive do estrangeiro. Vi que só editar não era suficiente. Passei a vender os meus livros e os dos amigos e das amigas em qualquer parte que tenha pelo menos um ser vivente humano. Fui em busca de patrocínio e estou vendendo os livros a 10 reais. Nas livrarias custam, em média, 30 reais, por conta das comissões e outros encargos. Quase todos os dias vendo, no meio da rua e nas salas de qualquer lugar, em torno de 50 livros. Torquato Neto ou a carne seca é servida, História do Piauí, O. G. Rêgo de Carvalho - fortuna crítica, Djalma Veloso - o político e sua época; Círculo de giz - educação sem adjetivo e Movimento de professores e cidadania, estes dois últimos do meu irmão Kleber Montezuma (o primeiro foi editado pela Zodíaco).
Torquato Neto ou a carne seca é servida já vai para a terceira edição, com 10 mil exemplares. Já foram vendidos, nas duas edições, 15 mil exemplares.
História do Piauí, O. G. Rêgo de Carvalho - fortuna crítica, Djalma Veloso - o político e sua época Círculo de giz - educação sem adjetivo e Movimento de professores e cidadania já vão para a segunda edição, com 10 mil exemplares. Já foram vendidos 5 mil exemplares cada um.
Por que estou escrevendo isso? Para dizer aos amigos e amigas que escrevem que não basta só escrever e editar seus livros. Devem sair para o meio da rua. Ir ao comprador onde ele estiver. E não me venham com essa história de timidez, de vergonha, de falta de tempo, disso e daquilo. Não aceito. Lembro que em 1978, mais ou menos, eu entrei no CCEP - Centro Colegial dos Estudantes Piauiense, como assessor de comunicação. Fernando Menezes estava saindo da presidência e entrando o Neto Sambaíba. Ganhou prêmio nacional e teve o seu Maluco Inteligente publicado. Livro de Poemas. Botou os exemplares debaixo do braço, saiu vendendo mundo afora e vendeu mais de 10 mil exemplares em pouco tempo. Foi manchete em vários jornais e revistas do país. O seu irmão, Telsírio Alencar, que foi meu colega do curso de Direito na UESPI, ele também formado em Letras, de quando em quando é visto por mim nos bares da vida vendendo os seus livros de poemas. Adrião Neto já viajou o mundo inteiro, comprou casas, carros, fazendas etc à custa da venda dos seus livros. Pedro Costa hoje é um homem bem de vida. Reformou casa, comprou uma gráfica, um carro zero, remunera bem a esposa, os filhos e outros parentes e amigos que trabalham com ele na revista De Repente e na Fundação Nordestina do Cordel. Norbelino Lira de Carvalho me confessou que com o seu O Último Coronel comprou casa e carro zero. Poderia citar outros nomes como exemplo de que, quem sai à luta, consegue vender bem seus livros.
Agora, quem edita um livro e acha que o comprador tem obrigação de bater à sua porta vai morrer esperando que isso aconteça. Hoje, uma arma poderosa de venda é a internet. Vendo, por dia, em torno de 100 livros pela internet. Não vendo mais porque não tenho ainda uma estrutura adequada. mas, estou me preparando para isso. Em breve, lanço o site da Editora Zodíaco na internet. Por enquanto já tem o blog. Cliquem aqui e vejam lá.
Para não me alongar mais, desafinando o coro dos contentes, digo que o mundo do livro é um negócio. Como todo negócio tem que dar lucro. Quem apenas quer se aventurar, nele não deve entrar. Procure vender crack que dá dinheiro rápido e mais fácil. E ainda tem ajuda oficial. Vou continuar editando e vendendo meus livros e os livros dos amigos e das amigas, sem reclamações, porque nada tenho do que reclamar.
Finalizando, quem tiver livros encalhados em casa e queira vendê-los, gentileza entre em contato comigo que eu posso colocá-lo nas mãos dos compradores. Seja na quantidade que for. Quem se interessa? kenardkruel@yahoo.com.br ou celular (86) 8817 1179.
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