quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Niéde Guidon

Niéde Guidon, presidente da Fundação Museu do Homem Americano, em São Raimundo Nonato, e o Parque Nacional da Serra da Capivara, concorre ao título de Brasileiro Imortal, promovido pela companhia de mineração Vale. A naturalista disputa o título com Zilda Arns, coordenadora da Pastoral da Criança, e com o botânico Ademir Reis.

A votação começa segunda-feira (5) pela internet (clique aqui). O nome com mais indicações terá direito a batizar uma nova espécie da Mata Atlântica, descoberta na Reserva Vale de Linhares, no Espírito Santo. A festa da premiação acontecerá em janeiro, no Jardim Botânico, e terá a participação da Orquestra Sinfônica Brasileira. Conhecida como cipó ouro, a nova espécie foi encontrada pelos pesquisadores Alexandre Zuntini e Lúcia Lohmann e constitui o primeiro registro do gênero Martinella para a Mata Atlântica. Ela pertence à família Bignoniaceae e, como as demais espécies do gênero, é uma liana, que cresce em regiões de mata fechada, como a Floresta Alta, encontrada em Linhares. As flores da nova espécie são amarelo-douradas, que dão origem ao nome popular cipó-ouro.

Niéde Guidon nasceu em Jaú - SP e morou na França durante o regime militar. Graduada em História Natural pela Universidade de São Paulo, Niéde foi responsável pela descoberta do esqueleto mais antigo do Brasil, pertencente a uma mulher morta há 9,8 mil anos, além de ter encontrado mais de 800 sítios pré-históricos. Especializou-se em Arqueologia pré-histórica, pela Sorbonne, e especialização pela Universidade de Paris I. Desde 1973 integra a Missão Arqueológica Franco-Brasileira, concentrando no Piauí seus trabalhos, que culminaram na criação. Atualmente ela dirige a Fundação Museu do Homem Americano, em São Raimundo Nonato, e o Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, unidade de conservação incluída na lista do Patrimônio Histórico Mundial da Unesco.

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