Estudar é preciso...
Quando eu fui diretor da Biblioteca Púiblica Estadual Des. Cromwell de Carvalho (10 de dezembro de 2001 a 7 de março de 2002, segundo governo Hugo Napoleão (com a queda do Mão Santa), criei o Instituto Des. Cromwell de Carvalho e, por ele, instalei quatro salas de aula - duas dentro e duas nos fundos da Biblioteca. Para que? Cursinho Popular. Eram mais de 4 mil estudantes, com aulas, bons professores, cafe da manhã, merenda, almoço, merenda, jantar, e um precinho que todos podiam pagar. Os que não podiam, não pagavam nada. Ainda dava as passagens para quem morava nas cidades periféricas de Teresina (Altos, José de Freitas, Demerval Lobão, União, Campo Maior. Até mesmo Timon, Caxias, Coelho Neto, no Maranhão. Entre outras. O que aconteceu? Uma louca de uma bibliotecária, baixinha, gorda e invocada, querendo o meu lugar de diretor, inventou uma porção de mentiras para a Leda Napoleão, mulher do governador Hugo Napoleão, e esta mandou me exonerar, inclusive me prender (chegou lá na Biblioteca um destacamento com vários policiais para o devido fim. Escapei porque o Roberto Veloso estava trabalhando comigo, ligou para o avô dele, o ex-governador Djalma Veloso, com muita influência sobre o governador Hugo Napoleão, que interferiu por mim e evitou minha prisão). E, ainda por cima, passei dois anos respondendo processo na Procuradoria de Justiça do Estado. Acusação? Tinha montado escola particular dentro de um prédio público, usando meu cargo de diretor do órgão, e estava ganhando burras de dinheiro. Fui ao governador Hugo Napoleão, que, após me ouvir e ver provas em contrário, determinou o seguimento do Cursinho Popular, mas nomeou a louca da baixinha, gorda e invocada bilbiotecária para o meu lugar. Ficou pouco tempo. Foi nomeada a escritora Nerinha Castelo Branco, da Academia Piauiense de Letras, minha amiga, que me deixou administrar o Cursinho Popular na Biblioteca, sem problema algum.
Muito bem: Na época, levei para ver o projeto do Cursinho Popular a Trindade, o Roberto John, o Antônio Neto, o João de Deus, a Flora Isabel, o Antônio José Medeiros e o Wellington Dias, entre outros que hoje estão no poder. O Antônio José Medeiros, tornado secretário da Educação, me disse que eu iria coordenar os Cursinhos Populares que ele iria implantar pela Educação. Acontece, porém, que o Roberto John, tornado secretário de Assuntos Sociais (coisa assim), também queria implantar projeto igual, sob assessoramente do advogado, escritor e jornalista Antônio de Deus Neto. Houve disputa entre os dois secretários pelos Cursinhos populares. Deu uma confusão danada na secretaria do Roberto John. Ele caiu para cima. Foi ser secretário de governo na Capital do Poder - Brasília. Antônio José Medeiros ficou como pai dos Cursinhos populares.
Leio nos portais, jornais, revistas, escuto nas tvs, rádios etc que agora, o Programa Cursinhos Populares, uma parceria da Secretaria da Educação e Cultura do Estado do Piauí com o Instituto Civitas (quem são os responsáveis pela instituição? Quero saber!), está funcionando em 192 municípios do Estado, totalizando 500 turmas, através de parceria com 23 associações comunitárias e organizações não-governamentais, as ONGs. E que os cursinhos oferecem específico nas áreas de saúde, humanas e exatas. E que só este ano mais de 3 mil estudantes obtiveram aprovação no vestibular em diversas Instituições de Ensino Superior do Estado.
É isso. A idéia, como está provado, era e é boa. Porém, por ela, fui exonerado, quase preso, processado (não deu em nada, mas me deixou sequelas), não fui convidado para assumir nenhum cargo no governo do PT, que eu ajudei a fundar e a manter por todo este tempo, mas, por outro lado, a Secretaria da Educação do Estado e, mais ainda, e principalmente, este Instituto Civitas estão tirando ouro do nariz de cera. um, pela popularidade. Outro, pela grana braba.
Estão de prova, no que estou dizendo acima, o poeta e professor Emerson Araújo, especialista em Educação, que foi posto à disposição da Biblioteca pela secretária da Educação da época; o professor Gervásio Santos, que reuniu e selecionou os professores, a dona Inês, que foi minha secretária na Biblioteca, a escritora Nerina Castelo Branco, e a própria presidente da Fundação Cultural do Piauí, professora Aldenora Mesquita, para quem eu prestava conta de tudo (e foi isso que me salvou da guilhotina faltal).
Vida longa aos Cursinhos Populares. Evoé Instituto Civitas!
2 comentários:
Tem a minha SOLIDARIEDADE!!!
obrigado, the cult by luisa cristina.
aviso geral: apesar de tudo, não sou contra os cursinhos populares. espero. espero que eles crescem mais e mais. a estudantada pobre ganha com isso. fiquei puto pela sacanagem que fizeram comigo e demais pessoas que me ajudaram na época da Biblioteca pública estadual des. cromwell de carvalho. mas, bola para frente, eu só quero saber do que pode dar certo, não tenho tempo a perder.
não se deixe de mim. com fé, esperança e amor, beijos kenardianos.
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