Maestro Aurélio Melo. Foto: Luciano Klaus.
Aurélio Melo
A apresentação que fizemos em Oeiras foi um pequeno concerto com as peças; a bertura da ópera CAMEN de Bizet, a ABERTURA de 1812 de Tchaicoviscy, a Polca GRAÇA INFANTIL de Possidônio Queiroz e dois benditos anônimos do repertório religioso, CORAÇÃO SANTO e QUEREMOS DEUS, que teve a participação da soprano Luiza Miranda. Pequeno não pelas músicas apresentadas, mas pelo tempo que tínhamos, pois como você sabe não foi somente um concerto, e sim um grande evento de importância para a história piauiense, e que nos deixou bastantes honrados com a participação.
CARMEN é uma ópera muito famosa do compositor francês Georges Bizet, com o libreto de Henri Meilhac e Ludovic Halévy. É baseada em uma novela de Prosper Mérimée e conta a história da cigana Carmen que, usando seus talentos de dança e canto, enfeitiça e seduz os homens da região. Um desses homens enfeitiçado é o cabo do exército Don José que, ao se envolver com a cigana, desertou da legião e virou fora-da-lei. O final da ópera, sempre caracterizada pela tragédia Grega, Don José, em Sevilha, frente à praça de touros, tenta pela ultima vez se aproximar de Carmen, mas ela já está envolvida com Escamilho, um famoso toureiro da cidade. Em fúria, Don José enfia uma faca na barriga de Carmen, depois cai de joelho junto ao corpo de sua amada enquanto se ouvia ao longe, os gritos de olé! olé da multidão aplaudindo Escamillo na arena de touros.
CARMEN é uma ópera muito famosa do compositor francês Georges Bizet, com o libreto de Henri Meilhac e Ludovic Halévy. É baseada em uma novela de Prosper Mérimée e conta a história da cigana Carmen que, usando seus talentos de dança e canto, enfeitiça e seduz os homens da região. Um desses homens enfeitiçado é o cabo do exército Don José que, ao se envolver com a cigana, desertou da legião e virou fora-da-lei. O final da ópera, sempre caracterizada pela tragédia Grega, Don José, em Sevilha, frente à praça de touros, tenta pela ultima vez se aproximar de Carmen, mas ela já está envolvida com Escamilho, um famoso toureiro da cidade. Em fúria, Don José enfia uma faca na barriga de Carmen, depois cai de joelho junto ao corpo de sua amada enquanto se ouvia ao longe, os gritos de olé! olé da multidão aplaudindo Escamillo na arena de touros.
A orquestra nessa abertura inicia com uma cadência vibrante simbolizando um clima de arena de touros, em seguida apresenta fragmentos de temas musicais que identificam as cenas que acontecerão no decorrer do espetáculo.
A ABERTURA 1812 é um poema sinfônico do compositor Russo Pyotr IIyich Tchaikovsky composta para comemorar a fracassada tentativa de invasão francesa à Rússia e a derrubada do exército de Napoleão. É uma das obras mais executadas no mundo, de difícil execução, exigindo dos músicos muita técnica e atenção. Foi apresentada pela primeira vez na Catedral de Cristo Salvador em Moscou no ano de 1882. A música começa com uma espécie de cantochão com os cellos e violas nos apresentando à declaração de guerra anunciada naquela mesma igreja. Logo em seguida as madeiras( flautas,clarinetas, oboes e trompas) seguindo um ritmo marcial da caixa, entoam um canto de vitória que logo é seguido pelas cordas (violinos,violas,cellos e contrabaixos) e que nos remete para um sucesso dos russos na guerra.
A ABERTURA 1812 é um poema sinfônico do compositor Russo Pyotr IIyich Tchaikovsky composta para comemorar a fracassada tentativa de invasão francesa à Rússia e a derrubada do exército de Napoleão. É uma das obras mais executadas no mundo, de difícil execução, exigindo dos músicos muita técnica e atenção. Foi apresentada pela primeira vez na Catedral de Cristo Salvador em Moscou no ano de 1882. A música começa com uma espécie de cantochão com os cellos e violas nos apresentando à declaração de guerra anunciada naquela mesma igreja. Logo em seguida as madeiras( flautas,clarinetas, oboes e trompas) seguindo um ritmo marcial da caixa, entoam um canto de vitória que logo é seguido pelas cordas (violinos,violas,cellos e contrabaixos) e que nos remete para um sucesso dos russos na guerra.
No decorrer da peça a orquestra apresenta um antagonismo entre a inicial vitória francesa e a revanche russa. Do lado da França, fragmentos musicais da La Marseillaise , o hino da França e do lado Russo o hino czrista Deus Salve o Czar. Fica bastante claro a intenção de Tchaikovsky na orquestração, o hino da França sempre sede o espaço para o tema russo.
No final, volta o tema da vitória com a supremacia dos metais, sinos de igrejas, percussão, algumas vezes reforço de banda militar e o famoso tiro de canhão que, na nossa apresentação foi realizado pelo bombo sinfônico. É uma composição do período romantico e de caráter nacionalista e que, apesar da critica considerar uma obra apelativa, até hoje é sucesso em todo mundo.
GRAÇA INFANTIL é uma polca do compositor Oeirense Possidônio Queiroz. Certa vez aí em Oeiras, recebi de Bio uma partitura para flauta de uma polca de Possidônio Queiroz. Não dava para decodificar com clareza a partitura, o titulo não se entendia, a linha melódica escrita a punho pelo próprio compositor em alguns pontos não era compreensível. Mas pra mim não deixava dúvida de que se tratava de um documento bastante importante. Comecei então fazer um trabalho de “restauração” da partitura, tentando entender o sentido da melodia e idealizando uma cadência harmônica compatível com a idéia do compositor. Foi interessante pra mim, pois fantasiei uma viagem imaginária que remonta um período que não vivi, das retretas e saraus nas noites boemias de Oeiras. A orquestração sugere uma interpretação de uma bandinha no coreto da praça. Mesmo com a sonoridade mais “erudita” das cordas, fica no ritmo e no maneirismo popular da execução, o cheiro da banda de música, principalmente nos pizzicatos dos contrabaixos numa levada de tuba.
GRAÇA INFANTIL é uma polca do compositor Oeirense Possidônio Queiroz. Certa vez aí em Oeiras, recebi de Bio uma partitura para flauta de uma polca de Possidônio Queiroz. Não dava para decodificar com clareza a partitura, o titulo não se entendia, a linha melódica escrita a punho pelo próprio compositor em alguns pontos não era compreensível. Mas pra mim não deixava dúvida de que se tratava de um documento bastante importante. Comecei então fazer um trabalho de “restauração” da partitura, tentando entender o sentido da melodia e idealizando uma cadência harmônica compatível com a idéia do compositor. Foi interessante pra mim, pois fantasiei uma viagem imaginária que remonta um período que não vivi, das retretas e saraus nas noites boemias de Oeiras. A orquestração sugere uma interpretação de uma bandinha no coreto da praça. Mesmo com a sonoridade mais “erudita” das cordas, fica no ritmo e no maneirismo popular da execução, o cheiro da banda de música, principalmente nos pizzicatos dos contrabaixos numa levada de tuba.
O título GRAÇA INFANTIL foi Vanda Queiroz, neta de Possidônio que tratou de descobrir pra mim, É uma peça que a nossa orquestra gosta muito de apresentar, pois além de ser uma obra inédita, é uma execução que tem o ritmo do nosso corpo. O ritmo da nossa fala, do nosso andar, do nosso cantar. O ritmo do nosso ritmo, e que só a gente sabe fazer bem feito.
CORAÇÃO SANTO E QUEREMOS DEUS são dois benditos que fazem parte do folclore religioso brasileiro. A intenção de colocar essas duas peças no concerto, foi a de homenagear a cultura religiosa do povo de Oeiras. A orquestração nos dois cantos é apenas um suporte para fortalecer o texto e conduzir o sentimento das pessoas num mesmo ritmo. Pra mim, essa condução exercida através de gestos interpretando esses dois benditos, significa uma maior identificação da minha oeirensidade ainda um pouco adormecida, mas que venho a cada dia me aproximando mais.
Programa:
- Abertura da Opera Carmen - Georges Bizet
- Abertura 1812 - P. I. Tchaikovsky
- Graça Infantil - Possidõnio Queiroz (Arr, Aurélio Melo)
- Coração Santo - Anônimo (Arr. Aurélio Melo )
- Queremos Deus - Anônimo (Arr. Aurélio Melo )
CORAÇÃO SANTO E QUEREMOS DEUS são dois benditos que fazem parte do folclore religioso brasileiro. A intenção de colocar essas duas peças no concerto, foi a de homenagear a cultura religiosa do povo de Oeiras. A orquestração nos dois cantos é apenas um suporte para fortalecer o texto e conduzir o sentimento das pessoas num mesmo ritmo. Pra mim, essa condução exercida através de gestos interpretando esses dois benditos, significa uma maior identificação da minha oeirensidade ainda um pouco adormecida, mas que venho a cada dia me aproximando mais.
Programa:
- Abertura da Opera Carmen - Georges Bizet
- Abertura 1812 - P. I. Tchaikovsky
- Graça Infantil - Possidõnio Queiroz (Arr, Aurélio Melo)
- Coração Santo - Anônimo (Arr. Aurélio Melo )
- Queremos Deus - Anônimo (Arr. Aurélio Melo )
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